Bloggers Camp. Uma espécie de acampamento para bloggers onde todos sabemos que não se mexe no prato sem antes tirar uma foto. Fui às escuras e naquela da loucura. Quando vi pessoas a chegar vindas do Porto, Coimbra e Figueira da Foz achei: “Bem… isto deve ser mesmo incrível”.

Eu sou uma pessoa sociável e bem disposta, mas tenho as minhas reservas. Tenho os meus medos, é mais isso. Passar o fim-de-semana inteiro com pessoas que eu só conhecia do outro lado da tela (e algumas nem sequer assim) fazia parte das minhas inseguranças. Mas o que é que eu vou dizer? O que é que eu ia mostrar? Será que podia dançar à vontade? Foi por isso que fui. Porque não sabia até onde podia ir. Porque queria fazer coisas “fora da minha caixa”. Eu sou aquela pessoa que vê uma camisola numa loja, não compra e depois quando volta já não há o tamanho. Ou seja, eu sou mestre em perder coisas e oportunidades é uma delas. Decidi que isso ia acabar quando comprei aquele bilhete.

O Bloggers Camp para mim, não é juntar sinergias, mas sim energias. Ou seja as mentes brilhantes de onde esta ideia surgiu (a Catarina Alves de Sousa, a Ana Garcês e a Catarina Costa) querem que pessoas com interesses diferentes combinem entre si e produzam magia. À parte disto dão-nos, a nós participantes, a experiência de trabalhar em equipa, de partilhar ideias, de receber ferramentas através de workshops, de conhecer coisas novas, de pensar sobre nós, de ganhar inspiração e mais importante que tudo, para mim, dão-nos motivação para pôr tudo isto em prática.

Vivemos num mundo pouco motivado, pouco inspirado, pouco grato, pouco divertido. Há poucos elogios. Dizemos mais mal dos outros (e de nós) do que bem. É verdade, não inventem! Há poucos sorrisos e ainda menos gargalhadas. E isso, gente, é o fim! Pois posso dizer que hoje, dia seguinte ao Bloggers Camp, passei o dia a refletir sobre o que aconteceu (e eu reflito muito pouco, digo-vos já) mas mais do que isso. Passei o dia a ver gente a ser elogiada e a elogiar. Passeio o dia a apreciar as minhas redes sociais a serem inundadas de mensagens bonitas, de alegria, de admiração e de incentivo de uns para os outros. O que eu vi hoje foi aquilo que produzimos nestes últimos dois dias.

O que eu senti hoje foi que conheci pessoas que não param, que têm energia, que têm a mente aberta. Pessoas que me podem ajudar a abrir a minha também. Pessoas com ideias geniais, como eu gosto. Pessoas sem pretensões de ser melhor do que os outros. Pessoas com vontade de ajudar. Genuínas. Gente boa. No final não é dessas pessoas que nos devemos rodear?

Talvez a porta se tenha aberto para grandes histórias. Por isso no próximo post vou escrever as coisas que aprendi com o Bloggers Camp. Sim, no próximo post, porque vim escrever para a cozinha para ficar a guardar o forno e entretanto distraí-me a escrever isto e ia deixando queimar o jantar. Nada temam, já o fui salvar!