Lisboa é menina, é moça. Cheira bem. Lisboa que queria ser francesa. Lisboa que eu amo. A Lisboa que eu visitei hoje tem mil canções. E com razão.
Havia estudantes que sentados nas escadas desenhavam o que a cidade tem para lhes dar, mesmo ali onde o Camões olhava para eles. As castanhas do outono deram lugar às cerejas. Agora vendem-se cerejas nas ruas. Vendem-se flores, vendem-se gelados. Lisboa também é palco de artistas que fazem espectáculos com bolas de sabão ou guitarras. Ainda existe a carrinha do fado na Rua do Carmo. E os turistas? Os turistas caminham, com peles claras debaixo do calor, com máquinas em punho. E hoje eu fui imitá-los.

Encontrei um Terreiro do Paço em obras e pessoas a molhar os pés no Tejo mesmo ali onde me sentei a olhar para a outra margem. Passei depois pela rua mais cara do monopólio onde as pessoas andavam em passeio cada vez com menos sacos de compras. Mas nas esplanadas,à fresca, a crise nem se nota de tão poucos lugares vazios.
O MUDE está decorado de uma forma diferente. Coberta de post-it a fachada do Museu de Arte e Moda tem como objectivo ter em cada papelinho uma ideia para Lisboa. E somos nós mesmos que as podemos escrever, ainda há muitos vazios.
Dei uma volta perto do Nicola, vi o elevador de Santa Justa, subi a Rua do Carmo passando pelos Armazéns do Chiado até chegar ao largo Camões. E há Santos Populares no ar o que torna Lisboa ainda mais especial.
Lisboa é lindaaaa (convidem-me para a revista no parque mayer que eu tenho muito jeito)!