Nunca consigo “ir aos saldos”. Assim curto e grosso é isto. E não consigo não é porque não tive tempo ou não me apeteceu. Vejamos:
“Ir aos saldos” para mim é uma expressão que diz que se foi comprar uma carrada coisas baratas, pechinchas, na verdade;
“Ir aos saldos” para mim é uma expressão que diz que saio da loja com sacos vários;
“Ir aos saldos” para mim é uma expressão que diz que se aproveitou, que se fizeram boas escolhas, que se encheu o armário e, claro, ficar contente e dizer aos sete ventos “vês isto?! Cinco euros nos saldos.

Eu não consigo efectivamente “ir aos saldos”mesmo indo porque:
Nunca trago nada;
Olho e não vejo nada;
Na mão não trago sacos vários (só a mala velha).

Os saldos estão desarrumados e há tanta roupa gira e organizada na bancada do lado a gritar em desespero e olho para ela e ouço “isso é da nova colecção! Ora, raios me partam se eu compro coisas da nova colecção com os saldos ali a troçar de mim. Mal por mal, não compro nada. 
Acho que, a bem dizer, não sei “ir aos saldos”, não regateio roupa com as pessoas, não corro pela loja quando avisto uma coisa lá ao fundo, não compro nada efectivamente barato porque, de facto, não vejo nada que realmente valha a pena. Não nasci para isto.

(Os saldos estão cá até Fevereiro, não é?!)

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