Sou uma pessoa de chá. Gosto de bebidas quentes. E gosto de sentir o cheiro do chá e ver o fumo sair da caneca.


O chá é um hábito que fui criando e alimentando. No trabalho, uma caneca, para me aquecer e acompanhar as bolachas do meio da manhã. À tarde, ao chegar a casa, calço as pantufas e preparo a minha caneca de chá. Vou para o sofá bebê-lo. Com um livro a tira colo. Ou deixo-me fechar os olhos. Há tranquilidade. Descanso. E há tempo quando se está a beber um chá. Tem que haver porque está quente. Não gosto do chá frio.

Há um ritual. O aquecer da água. Escolher o sabor. Cheiram todos tão bem. Gosto de todos. Menta. Maçã e canela. Frutos vermelhos. Limão. Lembro-me de sempre gostar de chá. Um dia, o de pêssego foi o meu preferido. Agora já não há. Nunca mais o encontrei. Hoje o meu preferido é o branco. O chá branco cheira a baunilha. É o que cheira melhor. É simples.


Antigamente metia açúcar. Agora já não gosto. O chá sem açúcar é mais real. É o verdadeiro. Foi por causa da mania das dietas, sim é verdade. Mas foi uma boa decisão. Com a quantidade de chá que bebo por dia, agora no Inverno, acabaria o ano igual a uma marmota.

A mania do chá fez-me ficar conhecer novos sabores e cheiros, mas não só. Isto do chá fez-me fã de canecas. É que nas canecas bonitas, com imagens ou frases inspiradoras o chá sabe melhor. E assim, pode ser que o dia corra melhor também.