Chinelos. O drama.
A próxima viagem está finalmente a aproximar-se. Daqui a uns dias quero ver sol e mar. Tudo na minha cabeça voa para lugares paradisíacos, ruas coloridas e sentimentos de descoberta, neste momento.Eu queria conhecer Cuba antes do Fidel morrer (tal como queria conhecer Nova Iorque antes do Trump) Já não vai acontecer. Mas não é disso que venho falar hoje. Gaja que é gaja está preocupada com os modelitos com que vai desfilar nas praias de Varadero e nas ruas de Havana.
Mas há só um problema. Coisa pouca. Onde é que em Fevereiro, com frio e chuva se encontram biquinis, vestidos, chinelos e protetores solares? Em lado nenhum, é isso. Comecei a procurar online porque pensei que as lojas teriam estes produtos em stock mesmo que não tivessem expostos em loja. Mas não. A maior parte das lojas em que procurei não tinham. A verdade é que só procurei em lojas com existência física porque caso contrário as coisas não chegariam a tempo, além que que eram coisas que só mesmo experimentando é que eu compraria.
Quanto a biquinis e vestidos a oferta era escassa, mas ainda se ia vendo. Coisas do ano passado, restos mesmo, mas a preço de saldo. Como não ligo muito ao facto da roupa ser desta ou de outra coleção consegui comprar um biquini e um vestido. O resto levo o que tenho porque não visto há tantos meses até vai parecer novo. Quanto aos protetores teve que ser na farmácia, não havia muita escolha, teve que ser o que havia. Mesmo assim, como alguns eram do ano passado ainda consegui uma promoção e não há problema porque estando na validade e estando fechado a ação não está alterada.
Agora o pior foram os chinelos. Foi difícil achar chinelos, senhores! Já para não falar da cara as senhoras das lojas quando eu perguntava… se não tinham chinelos! Bom, adiante. Eu estou a falar de chinelos. Não de havaianas. Não me venham com isso. Pelo amor da santa, andar com uma coisa enfiada no meio dos dedos dos pés…Não é só a época do ano em que estamos que não permite usar chinelos de praia, mas também o estigma que existe à volta dos chinelos. Os poucos sobreviventes são, digamos, horríveis. A sério, constato isto há vários anos, pois desde sempre que travo esta luta. Os chinelos são feios. Ponto final. E eu não percebo porquê. Só me resta a solução de eu própria criar os meus chinelos e lançar uma marca. Mas dizem-me sempre que isso é parvo porque, lá está, toda a gente usa havaianas. Sinto-me praticamente uma aberração quando quero usar chinelos e digo que não gosto de havaianas. Digam-me que não estou sozinha no mundo, por favor, estou a precisar de um help.
A Primark resolveu o meu problema, mas diga-se que não vou propriamente ser a última bolacha do pacote nas praias de Cuba, no que toca ao calçado de praia. Paciência, vou ter que mergulhar para esquecer e guardar os chinelos debaixo da espreguiçadeira longe dos olhares das invejosas para ver se ninguém repara.
Sara Santos
Sou igual a ti: queria conhecer a NY antes do Trump….mas (oh well) já não vai acontecer!
Vou ficar super entusiasmada à espera das tuas publicações sobre Cuba 😀
Em relação aos chinelos…as minhas favoritas ainda são as havaianas mas também tens razão: são caras e no verão seguinte estão horríveis. Mal por mal, uns da Primark — que também os tenho e não ficam nada atrás dos outros!
Beijinhos