O brunch das princesas
O ano passado iniciei uma saga na minha vida que era sobre fazer coisas novas. Este ano quero ser mais positiva. No fundo o que eu pretendo é estar em constante movimento, aprender coisas e canalizar energias positivas para coisas que eu goste de fazer.
Não importa se é um curso de escrita criativa, não importa se é sair para tirar fotografias. Não importa desde que me faça feliz naquele momento. Não importa se eu puder adquirir conhecimentos e conhecer pessoas. Não importa se eu conseguir tirar proveito dessas coisas novas e positivas não só nesse dia, mas nos outros dias também.
No sábado fui ao Brunch das Princesas. Uma ideia da Catarina Beato do blog Dias de uma princesa. Uma ideia que faz com que pessoas que não se conhecem se juntem a conversar à volta de uma mesa com uma caneca de chá a aquecer as mãos e coisas saudáveis e saborosas a aquecer o estômago. Mas antes de passarmos à parte da comida, aprendemos a fazer os pratos. Falamos dos ingredientes e dos seus benefícios. Trocamos ideias, contamos truques e partilhamos histórias.
Fiquei satisfeita pelo facto de não encontrar ali fundamentalistas da alimentação, sabem? Porque eu não gosto de extremismos e verdades absolutas. Podemos comer bem sem sermos radicais. O que funciona comigo pode não funcionar com outras pessoas e vice-versa. Podemos comer chocolate, ovos ou pão. Só temos de saber medir e principalmente perceber com que alimentos nos damos bem e mal e qual é o nosso objectivo para o nosso corpo.
As panquecas de aveia e banana foram as primeiras a ser preparadas. É mesmo só isso, aveia, banana e um ovo e horas sem fome garantidas. O truque aqui é fazer panquecas pequenas! Depois um bolo de mirtilo. E, oh meu deus, como assim não tem açúcar? Estava tão bom. De aspecto e de sabor. Até já fui comprar um forma própria para fazer igual.
Depois veio o pão. Eu adorava fazer pão em casa. Sou viciada em pão e estou sempre à procura de pães que não me engordem cinco quilos. Este pão, acabado de fazer ali à minha frente e depois servido quentinho e estaladiço foi um verdadeiro regalo. E, a seguir, uma rápida salada saudável de rúcula, dióspiro, clementina, queijo mozarella e várias sementes.
Para mim este workshop valeu pelo convívio, pelo à vontade e descontração e valeu pelo que aprendi. Aprendi que gosto de papas de aveia. Eu detesto coisas de consistência mole e pensei logo que não ia gostar daquilo. Noutra circunstância nem sequer provava. Porque eu acho que sei tudo o que não gosto. Assim, pumba, olho e já sei. E não provo, habitualmente, montes de coisas. Mas estando a cozinha cheia de gente não tive coragem. Assim que provei, soube-me a arroz doce. E conquistou-me. Gosto das papas de aveia da Catarina. E só por ter experimentado, só por ter descoberto um novo sabor que posso introduzir nos meus pequenos almoços já valeu mesmo a pena. Obrigada.
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