Viagem a Cuba # 1
Ah falar sobre Cuba não vai ser nada fácil. Recordar enquanto escrevo vai-me fazer suspirar a cada frase. Mas temos que ser fortes. Resolvi dividir os posts em duas partes: a praia e a cidade de Havana. Mas depois fiquei em dúvida sobre por onde começar. Ia começar pela cidade e mudei de ideias. Vou começar por Varadero e pela praia porque hoje está uma chuva que não se pode cá em Lisboa!
A viagem a Cuba estava programada entre amigos há cerca de um ano. Portanto a espera foi grande. Grande foi também todo o percurso até lá chegar. Foi a viagem mais comprida e cansativa que já fiz. Uma hora até Madrid e mais dez horas de lá até Havana. No aeroporto perdemos mais de uma hora à espera das malas. Vinha, assim, uma de cada vez, no tapete. A uma velocidade estonteante, portanto. A pessoa fica logo com calores! Mas fica já a dica: o ano passado quando fui para a República Dominicana conheci uma pessoa cuja mala nunca chegou durante as férias todas.
Então decidi que nós os dois íamos levar duas malas, sim, mas com coisas dos dois nas duas malas. Metade dos bikinis para uma mala e outra metade para a outra. E, assim foi, deste modo, para todas as roupas e chinelos. No caso de se perder uma mala, havia sempre a outra. Passar as férias todas com a mesma roupa é que não.
Após a longa espera pela mala chegamos ao autocarro que nos ia levar até ao resort Sol Sirenas, em Varadero, já previamente tratado pela agência. Quando a senhora diz que vamos demorar cerca de três horas eu ia acabando. Tinha-me levantado às 4h da manhã de Portugal. Eram agora perto das 19h em Cuba, onde são cinco horas a menos, e ainda faltavam três horas até chegar? Eu só queria sentir o calor da rua e no autocarro estava frio para caraças. Adormeci, nos entretantos, com o som de fundo do autocarro que transmitia no ecrã um concerto da Shakira.
Varadero
Era já tarde quando chegamos ao resort. Já tinha terminado o horário do buffet e fomos ao bar aberto 24 horas. Mas não gostámos da comida e pensamos que o melhor era esperar pelo pequeno-almoço. O hotel não era lá aqueles luxos, diga-se. A maior parte dos hóteis em Cuba já têm construções muito antigas. Conhecer Cuba como ela é realmente tem que ser nestes próximos anos porque já há, neste momento, muitos empreendimentos a ser construídos e muitas coisas na capital a ser remodeladas para os turistas verem.
A vida no resort
Decidimos acordar cedo porque os dias nas férias, já se sabe, correm! Fomos aos dois restaurantes buffets e lá encontramos coisas que gostamos. Ficámos mais felizes. Mas depois não havia toalhas para ir para a praia disponíveis. E ninguém parecia querer resolver esse problema. Aquilo que começamos por notar foi que as pessoas não se preocupavam muito connosco.
Nos dias seguintes acabamos por fazer amizade com a senhora das omeletes que nos tratava por “meu amor” e nos deu dicas do que visitar. Ah e também com a senhora dos colares, a caminho da praia, depois de lhe termos comprado aí uns trinta e cinco.
A visão da praia foi o grande marco das férias. Essa imagem valia tudo. Era o mar mais azul que eu já tinha visto na vida. Era o photoshop da vida real. Eu nem estava a acreditar. Todos os dias tirava fotos para me lembrar disto para sempre, mas as imagens não correspondiam. O visor não mostrava aquilo que eu realmente estava a ver. Tirava uma, duas, vinte fotos até o momento me parecer o mais real possível. Apresento-vos a praia de Varadero:
Enquanto estamos alegremente a apanha sol há música na praia toda. Mais propriamente regatton. Eu fico maluca porque adoro aquilo tudo. Impossível ficar quietinha deitada. Era mais fácil mergulhar dançando ou participar nas atividades de dança em plena praia.
A noite de Varadero
Há noite em Varadero para quem quiser sair do hotel. Não há perigo nenhum. Apanhámos um daqueles carros tradicionais, onde toda a gente devia andar uma vez na vida, e fomos até ao bar mais famoso da zona, o “Calle 62” para beber um mojito. A música e os dançarinos são a principal atração do local e não se paga nada para ver. Voltamos novamente de táxi mas desta vez de descapotável-cabelos-ao-vento-com-regatton-bem-alto-na-estrada. Adorei! Os carros podem bem parecer antigos por fora e fazer disso o grande marco do país, mas, digo-vos aquilo por dentro é um luxo. Tudo direitinho e impecável.
Já volto com mais imagens e relatos de Cuba. Até já!
Letícia
Que fotografias lindas e que inveja!