Passear em Lisboa é das coisas que mais gosto de fazer. Este ano tenho feito mais isso, em dias de sol que não são de praia, e tenho adorado. Sempre gostei desta minha cidade e mais recentemente descobri que gosto de olhar para cima e fotografar. As janelas de Lisboa devem ter muitas histórias para contar. Mas enquanto não as sabemos, podemos inventar.

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Vejo tantas cores. Lisboa é uma cidade de cores. De azulejos. De paredes pintadas. De árvores que mascaram a paisagem. Lisboa, além de janelas grandes e desenhadas, tem muitas varandas, bonitas e bem tratadas. Com arranjos de flores que a senhora todos os dias vai regar. Ao contrário de mim ela sabe cuidar das plantas e não as deixa morrer. Imagino-a num ritual. Todas as manhãs depois de tomar um galão e uma torrada, com muita manteiga, ela passa na varanda. Respira o ar da cidade que já conhece há muitos anos. Sim, ela já deve viver ali há muitos anos. Conhece os vizinhos. E o senhor do pão. E é pela manhã que gosta de ir dar água às plantas que aparecerem vistosas na sua varanda.

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Depois há o dia-a-dia igual ao nosso. Os dias passados a cuidar da casa. Mas aqui no meu prédio alto nos arredores de Lisboa não há roupas estendidas como há lá nos bairros mais bonitos. Lá na Lisboa antiga vivem sem medos, estendem a sua roupa branca ali mesmo de frente à estrada. E é assim que os turistas olham para nós. Gente espontânea, natural, trabalhadora. Imagino eu, que depois de conversar e abençoar as plantas, a mesma senhora vá buscar o alguidar cheio de roupa molhada que deixou a lavar antes de ir comprar ao pão à mercearia.

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E assim se junta a Lisboa antiga, maravilhosa, cheia de gente de gema e histórias coloridas à Lisboa de hoje, renovada e moderna, com espaços revitalizados e turistas carregados de malas pela calçada. Lisboa é hoje uma mistura. E está tão linda assim. Até nas janelas dá para ver.

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