O meu nome do meio é stress. Vivo a correr. Ou a dançar, gosto mais. Estou sempre cheia de energia e de ideias (parvas) e de coisas para fazer. Não tenho tempo para pensar, muito menos para meditar.

Recebi a revista Calm das mãos da diretora, Sara Afonso, no Bloggers Camp, que carinhosamente quis deixar um bilhete personalizado a cada um dos participantes. Não quis armar-me me boa nem ser mentirosa. Tive que lhe contar do meu cepticismo. Eu não sou dos iogas, nem das meditações. Disse assim, logo direta, imaginem bem a vergonha. Quem é que vai dizer isto? Andreia Moita na maior das latas. Mas ela não se assustou. Nem deixou de falar comigo. Até se riu, curiosa com este espécime que lhe apareceu, e ouviu-me. E então eu senti-me à vontade. E continuei. Não sou nada calma, nem zen. Epah, não sou. Nem sei, ainda, se acredito nesses poderes.

Mas ali, naquele dia, também lhe contei outra coisa. Naquele fim-de-semana eu estava a pôr de parte todas as minhas ideias pré-concebidas sobre tudo, estava a partilhar emoções e ideias com pessoas que não conhecia, estava fora da minha zona de conforto, por completo. E a apresentação da revista Calm, inserida nas palestras, não podia fazer mais sentido. Eu ia dar uma oportunidade a isto também.

img_1031.jpg

A Sara percebeu perfeitamente tudo o que lhe disse. E não desistiu de mim. Ela explicou-me que a revista calm não tinha que ter só a ver com coisas zen. Tem a ver com o nosso interior. Com descobertas sobre nós, com bem estar. Tem a ver com criatividade e com foco. E escreveu no meu bilhete que eu ia encontrar o meu.

Estive com a revista Calm, em cima da minha mesa da sala, vários dias. Estava curiosa mas não a queria ler assim de qualquer maneira. Não ali sentada no sofá enquanto deixava o refugado ao lume. Não assim, cheia de pressas e coisas que perturbam. Levei-a de férias comigo para a Quinta Vilar e Almarde e li-a à beira da piscina. Com calor a queimar-me a pele num final de tarde de sol, numa espreguiçadeira, com a piscina ao fundo para me molhar sempre que quisesse. Achei que assim a minha experiência faria mais sentido porque é nestes ambientes que me sinto bem. E fez.

img_9876.jpg

img_1030.jpg

Gostei tanto. Bem me diziam, caraças. Eu posso ser céptica mas não nego a beleza que vi naquela revista. É de um enorme bom gosto. Nem precisava de ler as legendas para conseguir apreciar as suas imagens. Está tudo tão bem feito. Parece um livro. Tão cheia de histórias e de inspirações. E transmite imediatamente bem estar. É incrível as coisas bonitas que me passaram pela cabeça enquanto a lia. Não pensei em mais nada e concentrei-me naquilo que estava a ver e a ler. Resultou. O mindfulness não quer dizer que eu vá meditar, nem pensar na vida profundamente. O mindfulness quer dizer que eu me vou concentrar e focar naquele momento, seja ele qual for. E escolhi ter o meu primeiro contacto com esta experiência precisamente com a revista Calm. E agora já posso aconselhar a todos que a leiam.

img_9927.jpg

img_1026.jpg

Há sempre temas que nos interessam mais do que outros, isso é óbvio. Esta edição tem tempo para nos fazer crescer e para nos ensinar a criar um espaço bonito e que nos faça sentir bem connosco e com os outros. Além disso dá destaque à arte do marmoreado e à criatividade através do ioga. Fala sobre chás, fala sobre hortas urbanas e a minha parte preferida… trás umas pinturas de pássaros em tons pastel, claros, simples e bonitos para cortar e emoldurar. E assim, qualquer parte da nossa casa pode ficar muito mais calm. Tal como a nossa vida pode ficar mais serena.

img_0827.jpg

img_0828.jpg

Acho que o caminho pode ser feito desta forma, mantendo a minha energia, mas canalizando-a para aquilo que me faz sentir melhor e mais feliz. Não vou deixar de ter a minha essência, mas posso revigorá-la. Obrigada revista Calm pela experiência de foco, criatividade, serenidade e beleza no meio do meu caos característico. Obrigada Sara, pela paciência e ouvidos compreensivos. Hei-de encontrar o meu foco.