Sempre gostei muito de relógios. A par dos brincos, o relógio é o meu acessório preferido. Sair de casa sem relógio é como sair com uma meia num pé e outro descalço. Nem me sinto bem. Claro que, assim sendo, gosto de ter muitos. Mesmo que não funcionem.

Há uns anos recebi dos meus pais, num natal, esta caixa que vos mostro, na imagem de destaque, no cimo deste texto. E eu adorei. Porque foi uma coisa mesmo pensada para mim, para guardar os meus trezentos relógios que andavam espalhados por todo o lado. Foi tão importante receber a caixa como receber um relógio. E ainda diz que sou uma “filha especial”. Claro que sou. Até a minha irmã sabe isso.

Atualmente, tenho vários relógios que tenho vindo a acumular ao longo do tempo, mas tenho usado apenas dois ou três. Este é um defeito meu. Com o tempo fui ganhando afeição aos meus relógios preferidos e são esses que uso. Antigamente comprava relógios de todas as cores e trocava todos dias para combinar com a roupa. Passado uns tempos consegui perceber que isso era efetivamente uma pirosada e agora só uso os relógios mais clássicos com cores mais discretas como os brancos, os dourados ou os prateados que vão bem com todos os estilos e todas as roupas.

Agora tenho usado muito um relógio, foi o último que a minha irmã me ofereceu no meu aniversário. Praticamente tenho dormido com ele. Não só porque o adorei mas também porque é o único que neste momento tem pilha. O mal de ter muitos relógios é esse… é que a hora muda e os relógios ficam parados no século passado ou então ficam sem pilha. Quando num dia me apetece colocar outro no pulso vai sem pilha mesmo e fica só a decorar, como se de uma pulseira se tratasse, o que origina grandes vergonhas quando alguém me pergunta as horas e eu vou ver ao telemóvel. É isso mesmo. Eu não uso o relógio só para ver as horas, pessoal! Eu uso para fazer figura mesmo. Ver as horas é no telemóvel, toda a gente sabe isso. E tenho a certeza que vocês também o fazem.