As músicas contam histórias
Toda a gente gosta de música. Isto deve ser uma verdade universal. Não percebo porque havemos de ter vergonha ou medo de dizer que gostamos de determinado estilo de música. As canções alegram-nos e deprimem-nos. Servem para várias fases da nossa vida e têm várias funções. As músicas são boas porque são uma excelente forma de contar histórias.
As músicas são perfeitas para todas as alturas da nossa vida. Cada estilo tem até mesmo a sua função. E por isso eu costumo de dizer que gosto de toda a música no geral, embora me identifique mais com um género e menos com outro. Eu sou fã de uma boa história. Em todos os formatos. Seja nas conversas, nos blogs, nos livros, nas fotografias ou na música. A música é uma excelente forma de contar e ouvir histórias. A verdadeira música boa, para mim, é aquela que consegue prender-me à sua história.
Hoje proponho que não haja estio pimba nem música pop. Nem rock nem fado. Nem metal nem funk. Hoje proponho que as músicas tenham mais do que estilo, mais do que género. Que nos entretenham, que nos distraiam, que nos motivem, que nos inspirem. E então decidi dividir a música em categorias muito melhores, querem ver?
A música para emagrecer:
São aquelas que ouvimos no ginásio e depois não nos conseguimos desligar disso. Cada vez que as ouvimos, fora deste contexto, começamos logo a bater o pézinho e a imaginar as calorias que podemos queimar com elas. Normalmente as músicas chamadas pop servem perfeitamente para isso. Ah e as brasileiras então são uma maravilha para este efeito. Todas aquelas com que ficamos com vontade de dançar estão dentro desta categoria.
As músicas para rir e que nos dão energia:
São aquelas em que o morto dá voltas no caixão porque não tem espaço para dançar. As músicas que animam são descontraídas. Não precisam de ser êxitos de bilheteira. Não precisam de ter letras inspiradoras. Não precisa de nada, só precisam de nos fazer felizes. Normalmente são aquelas que nos fazem sentir poderosos e que nos fazem dar tudo!
A música de auto-ajuda:
São aquelas que cantam a beleza. Que nos ajudam a perceber que problemas toda a gente tem. São ensinamentos e lembranças de que podemos tudo. Como os livros, estão a perceber? Mas em formato música.
As músicas que ensinam e passam uma mensagem:
São melodias cujas letras podiam estar pregadas em molduras nas nossas paredes. Para que quando acordarmos possamos olhar e perceber todo o sentido da vida e termos um dia espetacular.
As músicas drama:
São aquelas tristes, mais tristes que a tristeza profunda. Mas que ouvimos insistentemente, especialmente quando já estamos deprimidos. São músicas em que nos imaginamos dentro do carro a olhar pela janela enquanto chove lá fora, como se fossemos parte de um videoclip deprê.
A música calmante:
São aquelas que podemos ouvir só um bocadinho, a meio do dia, para nos deixar mais zen. Parece que têm um efeito calmante. Óptimas para ouvir no trabalho, com uns fones pequeninos para ninguém nos apanhar.
As músicas declarações de amor:
Podia ficar aqui até 2038 a dizer músicas românticas. Toda a gente tem a sua para determinado período da sua vida ou para cada pessoa especia. Não mintam, vocês têm músicas “com pessoas”, com namorados, com as amigas, com o gato. São aquelas canções que nos marcam porque dizem qualquer coisa especial. Há milhentas.
Tantas coisas que podemos fazer e sentir com a música, não é mesmo? Que música motiva o vosso dia hoje? Qual foi a primeira que tocou quando entraram no carro? Qual é a música da vossa vida?
Green
Gostei tanto deste teu post, sem dúvida que assim as categorias fariam muito mais sentido do que como são na realidade. A música é mesmo algo essencial à vida e que nos faz sentir tanto…
Andreia Moita
Exacto, quando sentimos alguma coisa com a música ela já cumpriu a sua função. Esteja ela em que categoria estiver.
Diana
Não poderia concordar mais contigo. Desde há muito tempo que não discuto música com ninguém, porque sou apologista de que não há “bom gosto musical”. Cada um gosta do que gosta, desde que seja música. Do pop ao metal, do house à kizomba, o que interessa é que nos identifiquemos, quer seja com a melodia, quer seja com a letra.
É que eu tanto oiço Beyoncé, como logo a seguir estou no Tony Carreira, no momento seguinte já vai a Miley Cyrus, os One Direction, o Eminem ou o Calvin Harris. O que importa é que seja música e que nos faça sentir algo. Ponto final. 😉
Andreia Moita
É isso mesmo. Se nos fizer sentir alguma coisa, se nos transportar para outros tempos, para pessoas ou lugares então está a cumprir a sua função. Beijinhos