Tipos de viajante
Sinto sempre falta de férias. Toda a gente sente. Eu sei. Mas há diferentes tipos de férias, não é? Há aqueles dias que precisamos de descansar no campo, há vezes em que queremos ficar de papo para o ar a comer e a beber e há momentos em que queremos ir desbravar cidades ou andar a pé de mochila às costas. Por isso, formei aqui alguns tipos de viajante, num momento em que faltam três dias para a minha viagem!
Depois de enfrentar a diferente realidade de Marrocos e de apanhar boleia de estranhos nunca mais tive medo de nada, em qualquer país desta vida. Depois de andar de mochila às costas pela Europa, num interrail, com 27 anos, achei-me capaz de fazer muito mais coisas. As viagens ensinam-nos coisas. Sobre a vida, sobre as pessoas e acima de tudo sobre nós mesmos. Apesar de me identificar com viagens culturais e com os países da Europa, afirmo, com certeza, que nunca me vão ver negar uma viagem de pulseira no braço com direito a pele enrugada por não tirar este corpitxo de dentro de água. As viagens para o sol têm tudo a ver comigo, especialmente quando aqui está Inverno. Mas não me alongarei mais. Passemos ao conteúdo que interessa.
Tipos de viajante:
Todas as viagens são bem vindas. E acredito que tenho um bocadinho de todos estes tipos de viajante que eu criei aqui. Aliás fui buscar as ideias para este post às minhas experiências e àquilo que eu gosto de fazer e ter quando viajo.
Viajante de pulseira no braço:
Aquela pessoa que não está para se chatear com nada e cuja única preocupação que pretende ter durante as férias é se quer ir à piscina ou à praia. Aquela viagem em que o único problema será quando a menina do resort te acorda, da tua soneca, na praia, para perguntar o que é que queres beber. Nunca acharei este tipo de viagem uma chatice. Tenho muito jeito para ser dondoca e este tipo de viagem é o ideal para eu meter essa minha capacidade em prática. Identifico-me completamente!
Viajante que palmilha a cidade:
A pessoa que anda quilómetros e quilómetros até ter dores nos joelhos e precisar de parar em plena rua para fazer alongamentos ou implorar para sentar um pouco numa qualquer esplanada e inventar qualquer sede súbita. Acuso-me. Já fiz ambas as coisas.
Viajante cultural:
Aquela pessoa que visita as capitais todas e sabe dar indicações aos amigos sobre todas essas cidades como se lá morasse. Conhece os melhores hóteis, spots e as obras de arte dos principais museus. Gosto de saber a história das cidades onde vou e assumo, sem medos, que vou aos sítios típicos a que os turistas vão e tiro as fotos ridículas que os turistas tiram. (Esta é uma das minhas categorias preferidas a par da primeira.)
Viajante de mochila às costas:
Há pessoas que gostam de viajar com mochila por ser mais comodo no transporte e há viagens que quase exigem que ser feitas com este espírito. Já fiz duas viagens assim. (E digo-vos que a viagem que farei daqui a três dias será de mochila também.) Da primeira vez foi um filme: aperta e esmaga que cabe. Mas acredito que desta vez já estarei mais descontraída e despreocupada a fazer a mala. Já me considero uma viajante de mochila.
Viajante radical:
A pessoa que vai para a neve fazer ski. A pessoa que vai para o México e leva o equipamento de snorkeling. A pessoa que vai apanhar ondas, tipo surfista sem preocupações. Gosto de coisas radicais e já fui viajar de propósito para ir a parques de diversões. Talvez também me possa integrar nesta categoria que inventei.
Viajante de mapa, caneta e papel:
A pessoa que leva tudo escrito. É o tipo de viajante que anda de mapa na mão o tempo todo e o marca com a caneta. Eu anoto coisas, faço as minhas escritas de viagem e até tento andar com um mapa mas raramente me encontro.
Viajante tecnológico:
Aquele que leva o telemóvel para lhe dar indicações. O que compra os bilhetes para o museu pela internet. O que tem as aplicações para ver as principais atrações da cidade. Eu não sou definitivamente parte desta categoria, mas acabo por ir na onda por arrasto. Eu vivo com um nerd, percebem?!
Viajante sem nada marcado / sem preocupações:
O viajante descontraído. Está tudo bem. Depois lá se arranja qualquer coisa. Nem hotel nem nada, depois vê-se. Deixa fluir. Confia. Viver a vida no limite. (Eu sei que fui eu que criei estas categorias, mas não me revejo nada nesta.)
Viajante com tudo planeado:
Eu planeio a viagem. Aliás eu começo a viagem muito antes de partir, porque navego nos blogs e leio muita coisa e vejo roteiros e dicas e escrevo imenso o que quero ver e fazer. Deixo margem de manobra, mas tenho rotas definidas e no final do dia sei em que hotel vou dormir.
No próximo post conto qual é o destino da minha próxima viagem. Até lá digam-me que tipo de viajante são vocês.
Rititi
Eu por norma gosto também de ter as coisas bem organizadas. Até posso não ver tudo o que andei a pesquisar, até posso ir por outros caminhos mas há sempre uma linha condutora na minha viagem. Tem de haver se não dá-me três trecos, acho…
Andreia Moita
Eu consigo adaptar-me, mas quer dizer quando escolhemos um sítio para viajar, é porque queremos ver alguma coisa especifica, logo há coisas que não odem mesmo falhar, ahah!
Inês Mota
Eu considero-me — tal como tu, estou a ver — uma viajante versátil. Não tenho grandes preconceitos de viagem, não digo que não a novos desafios ou novas formas de viajar… Acho que esta (nossa) qualidade é excelente porque sabemos absorver as vantagens de cada aventura e nos adaptamos bem a cada contexto. Se é para estar ao Sol, estamos lá de alma e coração, e se é para fazer 20km num dia porque é um sacrilégio atravessar uma cidade no metro, onde não se vê nada, somos as primeiras a dar corda aos pés e eu acho isso maravilhoso. Não há formas certas de viajar, mas se soubermos encaixar-nos no ambiente que escolhemos explorar, acho que estamos a tirar o melhor partido! 🙂
Andreia Moita
Gostei disso do “não ter preconceitos de viagem”. Quando é para ir, é para ir com tudo!
Green
Eu acho que ninguém é só um tipo de viajante, eu sou uma mistura de vários claro. Gosto de viajar para fora, especialmente para ir conhecer cidades e locais diferentes, gosto de andar quilómetros e quilómetros pelas ruas das cidades por onde passo e conhecer o máximo possível, não sou a pessoa mais organizada do mundo, talvez porque sempre que fui para fora foi para locais onde tinha alguém conhecido a viver e só precisar de marcar os voos. No entanto, também não diria que não a uma viagem de “pulseira no braço”, ia já hoje, ahahahah
Andreia Moita
É isso é. Ninguém é só um tipo. Ou melhor vamos sendo vários consoante o tipo de viagem e a fase da nossa vida!
Daniela Soares
Acho que me revejo em todas menos na radical e na sem preocupações, eu sou mesmo daquelas que planeia tudo com detalhe.xD
Another Lovely Blog!, http://letrad.blogspot.pt/
Andreia Moita
Pois, nós acabamos por ser todas um bocadinho, em cada fase da nossa vida e conforme é a viagem!