músicas brasileiras

Estou viciada em músicas brasileiras. Aliás, eu sempre estive, acho eu. Gosto muito do estilo descontraído com que vivem os brasileiros. O samba no pé, as palavras divertidas, o deixar rolar. Esse estilo deles passa também pelo tipo de música que fazem. Apercebo-me que não gosto só do funk. Gosto das baladas. Gosto dos sertanejos. Gosto das músicas antigas, gosto das novas, gosto de todo o som deles.

Este meu amor pelas músicas brasileiras não é de agora. Desde muito cedo que vejo novelas brasileiras e aquele sotaque é das melhores coisas do mundo. As gírias que arranjam, o modo de enrolar a língua, a descontração no falar, as palavras que inventam. Gosto de tudo. Talvez por seguir as novelas, a banda sonora delas me acompanhe tanto.

Alguém se lembra de ouvir Sandy e Júnior? “Nossa, eu era amarradona.” E Malhação? Não foi a melhor coisa que aconteceu na nossa adolescência? Lembro-me, na altura em que não havia gravações automáticas, de estar em casa a horas só para ver. Nas férias, no parque de campismo, juntava-se uma “galera” no café, depois da praia, só para ver o episódio do dia. “Vagabanda”, quem nunca cantou a música que o Gustavo fez para a Letícia, gentxi?! O meu gosto por músicas brasileiras também tem de vir daqui.

Mas não é só isso. Antes desta recente vaga de músicas brasileiras que nos chega rapidamente pelo youtube já existiam cantores maravilhosos nesta língua. Sempre houve Seu Jorge, Adriana Calcanhoto, Ana Carolina. Sempre houve Tom Jobim e Caetano Veloso. E tudo é tão magnifico em cada música deles. É fascinante a forma como a música mexe com as pessoas.

As músicas brasileiras são histórias

Em todos os estilos das músicas brasileiras há uma história. Já falei aqui da minha pequena obsessão pelas músicas da Clarice Falcão. Ela consegue fazer histórias a um nível que mais ninguém consegue. Porque…vejam bem. Não há uma história só numa música. Quase todo o álbum poderia ser uma história se cada música fosse um capítulo. Mais recentemente descobri Tiago Iorc e fiquei vidrada na capacidade envolvente das músicas dele e também escrevi um post. Têm de ver.

Agora estou encantada com a música boa da Ana Vilela que se chama “Trem Bala”. Pede para prestar atenção às coisas simples da vida porque ela passa bem rápido, como um trem bala, percebem a analogia? Ouçam de mente aberta. Porque não é só a letra  que está incrivelmente bem escrita, como se fosse um texto bonito de um livro, a melodia é tranquila e bonita.

Noutra onda há a música de Vitor Klay que se chama “sol” e chama por ele. Vem tão a calhar neste verão que não nos bronzeia a pele cá por Portugal. Este verão a meio gás que não nos traz as noites quentes de copo na mão e música no pé. Só uma música como esta pode trazer vibes de calor e céu iluminado. Isto é, como dizia o outro, “liberdade para dentro da cabeça”.

Já mais a virar para o funk, mas num registo e balada, ou seja uma misturada boa, há esta música do Matheus e Kauan (que eu desconhecia) e da Anitta. Sabe-se lá porquê, ando viciada nesta música. Ouço a limpar a casa. A tomar banho. A toda a hora e em qualquer lugar. Gosto, gosto muito.

A música faz-nos sentir bem, tantas vezes

Eu tenho a capacidade de gostar de muitos estilos de música. Algumas ninguém diria que eu ouço. Mas é verdade. Não tenho muitos preconceitos com música. Nem vergonha de assumir as coisas que ouço. Já tive um período regaetton, músicas do caribe (adoro, adoro!) Agora estou nesta onda de músicas brasileiras. Porque acho mesmo que a música nos transforma, nos permite pensar, refletir e sonhar. A música permite-nos expulsar azias más. Tem tanto poder que nos pode distrair enquanto fazemos o jantar ou no fim-de-semana que tiramos para pintar a casa. A música é recordação e lembrança de momentos. Para cada história há uma música. Deixa-nos livres, faz-nos sentir melhor, tantas e tantas vezes!

Se tiverem exemplos de músicas brasileiras não se acanhem, digam aí nos comentários que eu estou super disposta a conhecer coisas novas.