planos para as férias

Debato-me com a questão de fazer planos para as férias e para a vida em geral. Normalmente eu sou a pessoas dos planos e das listas de afazeres. Mas se a coisa me corre fora da linha estipulada, sou menina para ficar assim para o histérica. 

No passado já aqui escrevi sobre a minha apetência para fazer planos. E de como já acordo a pensar em tudo o que quero fazer nesse dia, nessa semana, nesse mês. Um extremo, eu sei. Nem é bom. O homem cá em casa até já me pergunta, com a maior lata, qual é o plano do dia. Acontece que eu tenho mesmo um! O que torna as coisas muito organizadas, mas ao mesmo tempo uma grande seca. E ainda um grande stress, para cumprir tudo, estão a ver? Além de que deixo pouca margem para os imprevistos da vida que lhe dão graça (e o pior é que eu sei disso). Fora o escândalo que eu dou quando não aconteceu tudo o que estava previsto dentro da minha cabeça. Pois é, não é fácil ser Andreia Moita!

Hoje é o primeiro dia útil das férias. Não são as primeiras do ano, como sabem, mas são as férias de verão, merecem todo o destaque, toda a alegria. Pela primeira vez em toda a vida não vamos para lado nenhum em especifico ou seja não “vamos” de férias, mas “estamos” de férias, percebem? Não é uma situação que à partida me deixou feliz nem confortável, mas para amenizar a questão comecei a pensar em todas as coisas que podia fazer, para as quais não tenho tempo normalmente, e que não faria se fosse duas semanas para o Algarve, por exemplo. “Ter tempo” é em si só já uma coisa positiva.

Utilizando a premissa de que me vali, no início do ano, de viver com um pouco mais de equilíbrio e passar a ser mais optimisma, vi nestas férias uma coisa diferente. E de coisas diferentes e novas eu já gosto. Portanto, olhando por esta perspectiva comecei a pensar em tudo o que podia fazer estando duas semanas em Lisboa. Um dos grandes planos para as férias é tratar da nossa casa nova. Ainda que as coisas estejam praticamente todas no seu lugar após a mudança, há coisas que ainda precisam de ser tratadas.

Posto isto, anunciei “Fiz uma lista de planos para as férias”. Obtive uma resposta reveladora sobre esta minha febre de fazer planos. “Nem penses que vou andar a correr”, disse-me ele. E acrescentou “o plano desta vez é ir à praia o dia todo e voltar a repetir o processo nos outros dias todos.”  Resignei-me. Afinal eu sou feliz na praia. Por mim estava mais que bom. Mas resolvi arriscar nuns “planoszinhos”.

Lista de coisas a fazer e planos para as férias:

  • Ir à praia tantas vezes quanto o tempo e o preço da gasolina permitirem.
  • Ir ao Ikea e montar finalmente o escritório (além do bronze, este é o grande projecto das férias).
  • Ler o livro “O tempo entre costuras“, de Maria Dueñas (a série ficará para depois de terminar).
  • Ver a segunda temporada de West world.
  • Fazer a receita do páginas salteadas de Agosto. Não posso revelar o livro, mas será um clássico.
  • Experimentar as refeições do Naked e do Organic Café.
  • Experimentar o novo mercado biológico do Lumiar.

Opah, nem é assim nada exagerado, é? No final das férias, digo-vos quantas destas coisas consegui fazer, entre descansar e pensar na vida. Sim, porque não meti ali, mas uma coisa simples como relaxar na varanda ao final da tarde também está na minha ideia.

Ainda não cheguei à conclusão mais acertada sobre isto de fazer planos. Não consegui encontrar a medida certa, digamos assim. Fazer ou não fazer, eis o problema. Enquanto não me resolvo, vou tentando melhorar a reação que tenho face aos planos furados. Já seria um grande avanço.

E vocês já foram de férias? Ainda vão? Onde? O que vão fazer? Planos?