filmes de romance adolescente

Achava eu que o meu guilty pleasure era. sei lá, ouvir música pimba, regaetton e funk. Pois não é. Descobri agora, depois dos trinta, que gosto de ver filmes de romance adolescente. Pronto é o que temos.

Eu gosto de ouvir todos os tipos de músicas. Durante muito tempo pensei que não podia dizer a ninguém. Mas depois fiz um post com músicas brasileiras e revelei que um das minhas paixões secretas era cantar. Não conto melhorar muito a minha reputação com este post onde vos pretendo contar que o meu novo guilty pleasure é ver filmes de romance adolescente.

Eu não sou a mais romântica das pessoas e garanto-vos que não choro em filmes, mas é assim, também não sou um poço de insensibilidade. E gosto de uma boa história, pronto, gosto! Emociono-me à minha maneira, fico a pensar nelas. As nossas relações, sejam amorosas ou de outro teor qualquer, ocupam grande parte da nossa vida, são alicerces, são um pouco daquilo que construímos também e absolutamente reflexo daquilo que somos enquanto humanos. Portanto, sim, “big yes” aos filmes de romance a adolescente.

Eu já adorava ler Young Adult. (O último que li foi “Eleanor & Park” que achei super bonito e ao qual fiquei absolutamente rendida.) Agora descobri que também gosto dos filmes do género. Portanto, é isso. Mas pronto, tudo bem. Se eu sentisse vergonha também não vinha tornar isto publico, estou perfeitamente confortável. Por isso venho dar um passo ainda mais à frente nesta situação e aproveitar para recomendar que vejam vocês também estes três filmes que recentes da Netflix. São todos clichés. Mas cliché, para mim, é dizer que estes filmes são clichés, portanto não quero saber.

To all the boys I’ve loved before

Lara Jean é uma adolescente doce que vive com o pai e as irmãs. Um pouco tímida, usa a escrita para libertar os pensamentos mais íntimos e escreve cartas aos rapazes por quem se apaixona ao longo dos anos. O facto é que nunca foi capaz de as enviar. Até aqui tudo normal, não fosse o pormenor de um desses rapazes ser o actual namorado da irmã.

Um dia as cartas são enviadas misteriosamente e Lara Jean vê-se obrigada a fingir que namora com um desses amores antigos para que a irmã e namorado não liguem à tal carta. Peter é o eleito, uma vez que ele também precisa de fazer ciúmes à ex-namorada.

Os dois começam uma relação fingida. A partir daqui não vale a pena dizer mais nada. Toda a gente já sabe o que acontece. Mas mesmo assim, please, vejam. Os momentos que em se estão a apaixonar são super amorosos e permitem-nos refletir sobre os adolescentes que fomos e para além disso o filme tem humor.  A inocência do amor adolescente a nascer cativa-me. Lara Jean e Peter Kavinsky também. (Muitos corações a voar, tipo gif!)

No segundo filme, o namoro dos dois corre sobre rodas quando Lara Jean reencontra um antigo crush. Não gostei disto. Então, quer dizer finalmente podemos ver a convivência da LJ e do PK e temos que levar com dúvidas existenciais? DIscordo.

Depois no terceiro e último vamos encontrar umas personagens mais maduras, com diálogos interessantes e nota-se um crescimento de ambos. Prestes a irem para a faculdade percebem que podem namorar e continuar a ser seres individuais que não se devem anular. Adorei este ensinamento e este filme, achei que acabou bastante bem!

The kissing booth

Elle e Lee são os melhores amigos desde que nasceram (no mesmo dia, por sinal) e cresceram juntos devido à amizade das famílias. Ao longo dos anos estabeleceram regras entre eles e uma delas era não se relacionarem com ninguém das famílias. Ora bem, isto é mau, ok? Uma vez que Elle tem uma irmã pequena e o Lee tem um irmão mais velho que é o mais giro e cobiçado da escola. Tipooooo, este acordo é injusto!

Obviamente que a história vai girar à volta de um romance entre Elle e Noah, que por acaso também está super interessado na amiga do irmão. Os contornos deste romance são muito interessantes e hilariantes até, ainda me ri um bocado… até ao momento em que Elle tem decidir entre o amor de Noah e a amizade de Lee. Coisas da vida!

Sierra Burges is a loser

A temática deste filme é um pouco diferente da dos outros filmes de romance adolescente de que estou aqui a falar. Sierra é um miúda tímida e que não se sente bem com o seu corpo. Mas tem duas característica cativantes: é extremamente inteligente e bem humorada. É isso que faz o rapaz com quem fala ao telefone todas as noites apaixonar-se por ela. O problema é que ele acha que ela é outra pessoa. Ele acha que está a falar com a miúda popular da claque da escola.

Este não foi o meu preferido dos três filmes mas tem a mensagem mais importante deles, pelo que acho muito importante ser visto: Afinal apaixonamo-nos por alguém pelo interior ou pelo exterior? Apaixonamo-nos e gostamos de alguém pelo que nos faz sentir ou pelos seus olhos bonitos, cabelo arranjado e corpo magro? A primeira impressão é uma coisa. O que sentimos posteriormente é outra. E isso que sentimos vem de onde? Do que somos ou do que parecemos ser?

Work it

Quinn candidata-se à universidade mas sente que não tem nenhuma característica cativante para a distinguir dos outros, então mente e diz que é bailarina. Agora não tem outro remédio se não ir aprender realmente a dançar para participar no concurso da escola. Seria excelente se ela não fosse péssima.

Quando não temos talento mas temos vontade, persistência e atitude, pode dar certo? Este filme diz que se colocarmos vontade e paixão naquilo a que nos propomos podemos ser bem sucedidos.

Estas são as minhas sugestões de filmes de romance adolescente, por agora, não vos quero maçar mais com assuntos lamechas nível máximo. São todos de 2018 e todos estão na Netflix. Se souberem de mais filmes nesta onda, indiquem-me, please. Não gastei os lenços. E se já viram estes de que falo aqui partilhem nos comentários o que acharam, para fazermos tipo debate e clube da pipoca, ok?