A história dos caminhos e da tomada de decisões
Como é que se tomam decisões? Não sei. Elas aparecem. Surgem na hora do banho, num passeio pelo parque, no minuto antes de dormir. Não é que as decisões se tomem sozinhas. Não é isso. Mas acontecem como um despertar, sem darmos conta, quando estamos entre dois caminhos.
Em alguma altura a decisão chega. Apresenta-se diante de nós. Às vezes mais tarde do que do cedo, sim é certo. Mas acaba por chegar. Às vezes de forma mais lenta do que rápida. Quase sempre, aliás. Mas não importa. A decisão, em forma de resposta, acaba por chegar. E aborrecemo-nos tanto a pensar numa solução.
Não sei nada sobre isso do “o que tiver que ser será” nem percebo do “as coisas acontecem quando têm que acontecer”. Só sei que as decisões que temos que tomar, muitas vezes levam o tempo que não temos, mas precisamos ter. São decisões que nos fazem enfrentar dúvidas escondidas há muito tempo. E até inseguranças, medos, incertezas. Mas a dada altura a decisão é tomada. Não interessa se é a melhor ou a pior decisão. A determinada altura há uma clareza que se apresenta na nossa cabeça e percebemos que é isso, a decisão.
É mais ou menos como um pensamento mágico que vem com clarividência e consciência. O momento da decisão em si é muito lúcido. Talvez porque estivemos perdidos nos caminhos que percorremos até aqui. O momento da decisão é claro, é uma certeza cheia de profunda convicção. E é um momento em que nos encontramos.
A história dos dois caminhos desenhado num papel
Uma vez, uma amiga minha desenhou num papel uma estrada. E de repente ela abria-se para dois caminhos. Ela não sabia desenhar, muito menos conduzir, mas com aquelas linhas num papel ela mostrou-me uma espécie de bifurcação. Uma estrada que se divide em dois caminhos possíveis, mas opostos. E disse-me que há sempre dois caminhos. E que eu tinha que escolher. Quando vamos a conduzir não temos todo o tempo do mundo para decidir o caminho que vamos escolher. Não podemos parar no meio da estrada.
Não me lembro o que precisava de decidir na altura. Mas lembro-me muitas vezes da técnica dos dois caminhos. Éramos só duas adolescentes. De certa forma, era mais fácil nessa altura tomar decisões. Quando eu era mais nova decidia tudo mais depressa do que decido agora. Como se com o avançar da vida as nossas dúvidas fossem subindo de nível, como num jogo. Ou então somos só nós que nos vamos impondo mais pressão.
Mas depois de decidir tudo fica mais leve. Até parece que a decisão não passou por um processo sofrido. Quando descobrirmos e decidimos por qual dos caminhos seguir tudo fica mais claro, mais simples. O passo seguinte é percorrer o caminho escolhido e olhar só em frente.
As coisas dela
Tenho estado a adiar uma enorme decisão na minha vida… Já passou mais de uma semana e não sei o que fazer. Beijinhos*
Sofia Mais Feliz
Desculpa a invasão, mas a resposta vai surgir quando menos esperas.. tal e qual como a Andreia disse! Tem paciência e confia 🙂
Sofia Mais Feliz
É quase sempre assim. A resposta surge quando menos esperamos, tal e qual epifania.
Engraçado que quando te li, lembrei-me de um post antiguinho que escrevi sobre esse tópico e senti-me tão identificada. Na altura destaquei 4 coisas que fazia quando me encontrava perante um momento de decisão: tirar um tempo, pedir opinião, fazer outra coisa e fazer algo diferente.
E no meio disto tudo, relembraste-me que já tenho o blog desde 2016… obrigada <3
O post é este, se tiveres curiosidade de ler: https://aindamaisfeliz.blogspot.com/2016/02/o-que-fazer-quando-nao-sabemos-que.html
Green
Tens toda a razão, e a verdade é que quanto mais pensamos e tentamos encontrar uma resposta, mas difícil se torna, por vezes o melhor é mesmo dar tempo ao tempo e aprender a esperar, pois a resposta há-de vir a seu tempo.