sinto-me em casa

Podemos sentir-nos em casa em vários sentidos. No verdadeiro sentido, o estar em casa, no lar, com as nossas coisas. Ou num sentido mais figurado, em qualquer lugar onde estejamos confortáveis e sejamos nós próprios de todas as maneiras possíveis. Eu sinto-me em casa de diferentes formas.

Este texto que me faz refletir sobre como me sinto em casa pertence ao desafio 1+3 do blog Thirteen, da Carolina. É um tema muito quentinho, muito acolhedor, muito tranquilo e que eu acho que se adapta muito a esta época do ano.

No verão sinto-me em casa na rua, ou seja no sentido figurado

No verão sinto-me em casa quando pego na toalha de praia. Quando estou numa esplanada ao sol. Quando mergulho no mar mais frio de todos. É nesse ambiente que me sinto em casa, sabem? Ao sol. No calor. Na praia. Num fim-de-semana numa casa campestre ou com uma piscina a molhar-me os pés. Sinto-me em casa em pequenos-almoços demorados, na varanda. Nesta época do ano sinto-me em casa na rua, percebem?

Sinto-me em casa assim porque gosto da brisa quente. Gosto de sentir o aconchego de uma noite de verão. Clichés absolutamente essenciais e verdadeiros de uma miúda do sol como eu.

No inverno sinto-me em casa dentro de casa, no verdadeiro sentido de cá estar

No Inverno, sinto-me em casa…dentro de casa. Eu detesto o inverno mas adoro apegar-me à minha manta preferida. Ao sabor do meu chá branco, que fumega e me queima as mãos e muitas vezes a língua. Sinto-me em casa cá em casa. Estar em casa tem sido uma aprendizagem e um gosto que tenho vindo a apurar. Se antes, queria muito sair, agora quero muito ficar. A idade é lixada! Dou por mim a sair de casa com uma sensação de vazio e constrangimento. Uma sensação que me incompleta. Quero muito chegar a casa, quero muito a sensação de abrir a porta e de encontrar as minhas coisas.

Acender as minhas velas e sentir o cheiro da minha casa. Quero muito e sinto necessidade de desfrutar da casa no verdadeiro sentido da palavra. Acalma-me estar em casa. Na casa que eu escolhi. Que eu decorei. Na casa que é minha.

Eu não gosto do inverno, no frio, da chuva. Não gosto. É desconcertante e desconfortável. Mas reconheço-lhe o poder de me fazer sentir em casa quando calço as minhas pantufas ou visto o meu pijama. O meu lugar quente. Lá está, é o ar quente que me move sempre. O inverno deu-me o gosto de estar em casa. E sentir-me em casa no verdadeiro sentido da palavra.