a história dos meus quadros

Não me lembro de ter quadros nas paredes, sem ser com fotografias. Daquelas de quando era criança, do dia do batizado ou assim. Eu tinha mais era posters dos Backstreet boys e das Spice Girls espalhados pelas paredes, porta do quarto e tudo quanto era armário. Hoje os quadros são os novos posters. Hoje conto-vos a história dos meus quadros.

Os meus pais têm um quadro com frutas na sala e nunca percebi porquê. Ainda não sei o motivo de o quarto lá estar ainda hoje. Nem sequer é giro. Mas enfim, ele ainda vive lá em casa com eles e eu já não. Na minha anterior casa apenas tinha fotografias nas paredes. Nunca meti quadros. Agora, na casa nova a coisa já mudou totalmente de figura.

Sempre gostei de decoração mas tenho aprimorado o gosto e o jeito, acho eu, desde que cheguei a esta casa. Há coisas das quais não abdico numa bonita e organizada decoração: velas, cheiros, almofadas, mais recentemente plantas e agora também quadros. Tenho perdido algumas horas no site da desenio a escolher quadros e estou viciada (não tenho códigos de desconto e eles nem patrocinaram este post, ok?).

Eu escolho os quadros para esta casa como se estivesse a escolher uma tatuagem, sabem? A história dos meus quadros começa aqui. E digo isto porque cada imagem que escolhi pregar nas paredes tem um significado para nós que cá moramos. Não foram escolhidos ao acaso, só porque são giros. Só me faz sentido assim. Escolher uma coisa que nos diga algo, que tenha uma mensagem, um significado. Pode ser parvo. Mas para mim funciona assim. Vou explicar-vos, então, a história dos meus quadros.

Um ananás na areia

Foi o primeiro que escolhi. Eu gosto muito do aspecto imperial que tem este fruto. Aderi por completo à moda quando ela chegou e tenho um ananás em quase tudo na minha mala da praia. É um enjoo, eu sei. Mas eu gosto. Acho que o amarelo e o verde do ananás representam o verão. O facto de ele estar na areia remete-me totalmente para os dias quentes e eu sou a menina do mar. Por isso queria ter o verão o ano inteiro na parede da minha sala para me sentir sempre no meu ambiente preferido. Mesmo nos dias mais frios deste inverno eu estarei enrolada na minha manta no sofá da sala com o meu elemento preferido agarrado à parede.

Uma caravana azul

Se me perguntassem qual é o meu sonho, ou se  há alguma coisa que quero muito fazer mas que é impossível, provavelmente direi que é viajar de caravana, como os surfistas, sem preocupações. Já vos contei como é que surgiu esta história na minha vida. Já vos contei onde nasceu esta ideia. Mas volto a dizer que poder viajar com a casa às costas é uma coisa que quero muito fazer, se vai ser ao estilo surfista e sem preocupações não sei, mas faz parte do ideal que tenho. Quis imortalizar isso. Quis olhar para esse objectivo todos os dias. Talvez o faça tornar-se mais real. Só há uma coisa que não está bem. A caravana não seria azul, teria de ser amarela.

Um rapariga em Paris

Paris foi o meu primeiro sonho de viagem. Foi o primeiro sítio que eu quis visitar. A Torre Eiffel foi, em tempos, a coisa que eu mais queria ver. Desde criança falei disso o tempo inteiro. Paris foi a primeira viagem que fiz. Delirei quando vi a torre metálica à minha frente. Sorria sempre que a via de qualquer canto da cidade, mesmo lá ao fundo. Paris foi a primeira vez que soube o que era concretizar um sonho. E Paris foi a primeira cidade de conhecemos juntos. Lembro-me que começou muito mal por causa de um incidente no aeroporto. Mas correu tudo muito bem no final. Está na parede do escritório para não me deixar esquecer do poder dos sonhos e da alegria que é poder concretizá-los com quem amamos, mesmo depois de uma adversidade.

Uma frase para me encontrar na história dos meus quadros

a história dos meus quadros

Sabia que queria uma frase quando estava a escolher os quadros. Porque gosto muito de frases inspiradoras, porque me revejo em algumas e aprendo com outras. Queria uma coisa que tivesse o poder de me transformar. Queria algo que me desse uma lição nos dias negros. Queria algo em que acreditar. No início deste ano escolhi as palavras para 2018 e decidi que queria ser mais equilibrada e sobretudo mais optimista. Preciso muito de crer em coisas boas, e preciso ainda mais de crer que pensamentos bons atraem coisas boas. Penso muitas vezes que o melhor é esperar o pior porque depois se vier algo bom será uma surpresa, mas se vier algo mau já estarei preparada. Mas sei, no meu intimo, que este pensamento é errado e não atrai coisas positivas para a minha vida. Por isso escolhi este quadro. Para mudar esse mindset e ser mais positiva.

Esta é a história dos meus quadros. E vocês, também têm esta ligação ao vossos quadros ou a qualquer outro objecto da vossa decoração?