De Phuket partimos de autocarro e barco para as ilhas Phi Phi. Confesso que estava bastante entusiasmada para chegar às ilhas de sonho. Aquelas das grandes imagens do paraíso da Tailândia. 

No post anterior falei-vos de Phuket. Hoje trago-vos as icónicas Phi Phi. Quando o barco atraca dá-se todo o aparato de encontrar a nossa mala e de tentar furar no meio de toda a gente que luta para alcançar a sua. A minha dica é serem os últimos a colocar a mala no sítio, para serem os primeiros a retirá-la na hora de ir embora. Claramente, não foi o que nós fizemos.

Depois disso e já os sete fora do barco, damos conta de uma vila pequena, caótica, desordenada e suja à nossa frente.

A Koh Phi Phi

Deixamos as malas dentro de um pequeno recipiente com rodas que é carregado, literalmente, por um senhor que insistiu que o fizéssemos. Nós seguimos a pé atrás dele. Apesar de carregado com o carrinho pelas mãos, ele andava muito rápido e nós ficamos a transpirar só de o acompanhar. Nisto percorremos a ilha toda porque o nosso hotel ficava quase no fim de tudo.

Havia restaurantes, lojas de conveniência, lojas de recordações, lojas de tatuagens, casas e hotéis. O calçado estava sempre largado à porta. Esta pratica de higiene que eles têm de não entrar em lado nenhum calçados destoa totalmente de toda a sujidade que vi naquela ilha. Para chegar ao nosso hotel era até mesmo preciso passar por uma lixeira a céu aberto.

Mas (cá está ele) não se deixem fascinar pelo exterior. Os nossos nossos quartos deixavam bastante a desejar. Para já, não era no caminho da piscina, mas sim no andar de cima. A porta não fechava bem, a casa de banho era aquela coisa típica em que o chuveiro não tem divisão do resto e além disso cheirava bastante a esgoto e não era assim a coisa mais bonita e confortável deste mundo. Eu não sou muito esquisita com hotéis. Mas deixo-vos as fotos para vossa apreciação.

A praia nesta ilha não era espetacular também. Quando a maré ficava vazia aparecia uma espécie de areia preta suja. Não estávamos muito bem impressionados com a ilha e ninguém nunca nos tinha alertado para este facto. Mas isso estava prestes a mudar.

Islands Tour

A nossa opinião sobre as ilhas Phi Phi mudou no dia seguinte quando apanhamos um barco de madeira com um senhor simpático, e o seu filho pequeno, a conduzir.

A viagem de barco é incrível. Eu adorei mesmo. Claro que pode causar pequenas mal disposições por causa das oscilações, atenção. Mas a paisagem é linda, as cores que o mar nos vai oferecendo são dignas de filme e tudo à nossa volta naquele momento sabe a liberdade e a aventura.

Maya Bay

A primeira paragem é a praia onde Leonardo DiCaprio filmou “A praia”. Maya Bay fica em Koh Phi Phi Leh e é uma visita incontornável para quem passa pela Tailândia. Tem uma paisagem do mais belo que há e o mar azul celeste. É absolutamente fascinante absorver tudo o que se sente lá. É uma leveza e uma sorte muito grande poder conhecer estas belezas naturais espalhadas pelo mundo. Não encontramos a praia muito cheia porque chegamos cedo e ficamos pouco tempo. Ainda tÍnhamos muitas mais para conhecer, mas havia já um grupo de chineses, de máquinas em punho, a chegar.

A praia de Maya Bay esteve fechada aos visitantes devido ao elevado fluxo de visitas. Segundo o que li era já um problema ambiental muito grande. Os corais não aguentavam mais o excesso de viagens de barco e o lixo na praia também começou a acumular. É triste e desolador que sítios destes percam a sua beleza natural devido ao comportamento humano.

Snorkeling no Índico

Algures a meio do oceano tivemos oportunidade de fazer snorkeling. Eu adoro, mas não me ajeito logo a primeira. Preciso de alguns minutos para treinar a respiração. Depois disso é muito fácil. Num mar azul e verde maravilhoso com sol de chapa e animais marinhos, divertimo-nos bastante debaixo de água.

Bamboo island

Ah, a Bamboo island, outra pérola perdida na terra. Mar claro e uma extensão de areia gigante. Um belo passeio e um óptimo mergulho só para recordar que estás no paraíso em bikini.

Lembro-me do filho do senhor do barco ficar tão contente que até ele mesmo deu um mergulho quando pedimos ao senhor para ficar mais um bocadinho. Naquele dia de semana aquela criança não estava na escola. Estava a ganhar uns trocos no trabalho do pai e a passear com turistas que tinham uma vida certamente melhor que a dele, porém estava feliz a mergulhar e a ser simplesmente criança, sabem?

Monkey beach

A última paragem do dia, antes de regressar ao hotel, foi na Monkey Beach. Uma praia onde a areia é tão mole e suave que parece que os nossos pés se perdem dentro dela. Os macacos são os donos da praia e não convém levar absolutamente objecto nenhum connosco porque eles simplesmente roubam e levam com eles.

 

Terminaram aqui os dois dias de passagem pelas ilhas Phi Phi. Ganham pela paisagem natural e pelo mar de cristal, não deixaria de recomendar a Island Tour de maneira nenhuma. Não deixaria de visitar este sítio e apesar do mau cenário que vos pintei no início, repetia totalmente tudo outra vez e era já. Tudo faz parte da experiência e tudo nos acrescenta algum coisa desde o momento em que lá estamos até ao momento em que recordamos a viagem, como estou a fazer agora.

Por hoje cheguei ao final do post, mas não acabam aqui os relatos sobre a Tailândia. Daqui seguimos de mala às costas para Railey Beach, a minha praia preferida da viagem. Não sei se estão a gostar desta visita à Ásia, mas a história continua dentro de alguns dias.