textos antigos

Dei por mim a ler e a analisar textos antigos porque além de querer sempre fazer melhor (cliché básico) também sou saudosista (adoro lembranças) e gosto de ser crítica com as coisas que faço. 

Quando comecei este blog estava desmotivada e sentia a urgência de fazer coisas novas. Sou muito insatisfeita. (Não sei se é defeito ou qualidade.) Em Janeiro de 2016, farta da vida sem surpresas que levava, comecei a “correr” para me desafiar. No dia da minha primeira corrida, cheguei a casa, a dar as últimas, e no sofá, com as pernas em cima de uma almofada, tal qual tratamento para varizes, escrevi, nas notas do telemóvel, aquele que viria a ser o primeiro texto da nova temporada do blog.

“Correr porquê” foi o primeiro texto que escrevi.

Foi este o primeiro post de uma série que se viria a chamar “I’m (not) running”
Nesta rubrica descrevia as agruras de uma miúda que inventou que havia de correr, sem nunca ter tido mais do que satisfaz a educação física. Eu divertia-me à brava. A escrever. Não a correr, claro. Correr só me dava dores nas pernas.

A partir daí criei uma série textos com o registo que eu acho que melhor me caracteriza. Textos com o meu humor. Entreter e fazer rir alguém com os disparates que digo (mas nos quais acredito plenamente) é o que me dá mais prazer. Eu sempre fui criativa e sempre quis criar alguma coisa. Acho que aqui posso fazer isso. Posso dizer exactamente o que me apetecer e isso é tão fixe!

Gosto de escrever sobre coisas aparentemente inúteis

Falando sobre textos antigos é obrigatório mencionar aqueles textos em que falo de temas da vida quotidiana. São os temas com que mais me identifico. Sei que não têm profundidade filosófica nem acrescentam conhecimento a ninguém. Mas divertem e entretém. É isso a isso que eu me proponho.

Por exemplo, dentro da rubrica Home Sweet Home, escrevo os textos que eu acho mais divertidos aqui do blog. Falo sobre a vida em casa, Sobre o aborrecimento que é aspirar a casa ou as minhas preocupações na hora de estender a roupa. Dentro desta categoria estão dois dos textos que mais gostei de escrever até hoje. Um é sobre as minhas plantas e sobre a forma como elas sempre morreram cá em casa. (Isso hoje já não acontece. Mas também já não sou eu que trato delas.) Outro é sobre os tupperwares. Sim, houve um dia em que eu achei que seria interessante falar sobre as caixas de plástico (com e sem tampa) que habitam de formas desordenada nos meus armários.

Mas isso não quer dizer que não consiga ou que não goste de abordar assuntos ditos sérios

Gosto de escrever sobre assuntos ditos mais sérios e adoro formar textos estruturados com informações e reflexões. Também gosto muito de escrever sobre livros ou filmes. E sobre comida, viagens ou decoração. Tenho muitas paixões.

Portanto estes são os grandes temas, digamos, que encontram aqui no blog, porque são as áreas que me interessam. Mas nada disto quer dizer que eu não possa escrever sobre outra coisa qualquer que ache que mereça destaque aqui. Às penso se tenho que me restringir a uma área, sabem? Se valia a pena falar só de um assunto. Se a minha voz fica afectada pelo facto de falar de várias coisas e assim ninguém se entender por aqui. Mas a seguir penso logo naquilo que me levou a criar o blog e que já vos disse em cima. Eu criei e tenho um blog para poder escrever de forma livre e expressiva sobre o que achar que tem interesse. Aqui, por escrito, sou a mesma pessoa que sou atrás do ecrã, ao vivo.

Ler e analisar textos antigos é um exercício de auto-estima e vergonha-própria (que é o contrário de vergonha-alheia, percebem?)

Há textos antigos que tenho vontade de apagar, porque, por deus, são humilhantes ou têm fotos péssimas. Mas, olhem não apago. É vida. A minha avó também fazia questão de ter uma foto minha, na entrada de casa, desdentada e com cabelo à rapaz. É aguentar. 

Se os meus pensamentos parvos ficam expostos na internet? Ficam. Mas também não serão suficientes para fazer capa de revista portanto está tudo bem. Não digo nada aqui que não diga lá fora (frase tirada de um concorrente qualquer da casa dos segredos!)  

É bom fazer estas reflexões sobre a forma como escrevo e como sou aqui no blog. Costumam refletir sobre vocês próprios? Sobre as vossas acções? Sobre o que gostam e não gostam de fazer? Se fazem bem ou mal?

E por aqui pelo blog, há algum assunto que gostem mais de ler?