livros sobre mulheres

Já que hoje é dia da mulher inspirei-me em livros para escrever este texto. Não vou vou falar das histórias, mas sim das personagens. As grandes mulheres dos livros. E há tantas personagens femininas maravilhosas no mundo da literatura. Mulheres em quem podemos inspirar-nos sejam elas reais ou apenas vivam na ficção.

Vou começar por vos falar de Michelle e Anne, duas mulheres reais que viveram em tempos completamente diferentes e cuja experiência de vida, embora nada a ver uma com a outra, pode inspirar mulheres como nós. Depois vou dar-vos a conhecer personagens, que surgiram na cabeça de autores. Mulheres que não existem, que só estão na nossa imaginação, e ainda assim são tão fascinantes que são capazes de nos ensinar coisas e permanecer na nossa memória: Sira, Alice, Eleanor e Kya, grandes mulheres dos livros.

Michelle Obama

Este livro é sobre a capacidade imensa que uma mulher tem quando escolhe seguir aquilo em que acredita. Michelle Obama é mulher, esposa, amiga, mãe, profissional, empreendedora e… primeira dama. Conseguia educar as filhas, brincar com elas, gerir uma casa, lutar por causas, ter ideias novas, trabalhar, ser esposa e ainda trocar de roupa vinte vezes para dar entrevistas e ir a eventos oficiais com o marido, que era só o presidente dos EUA. E o melhor é que e uma mulher real. Ela existe mesmo!

 

O Diário de Anne Frank

Anne Frank era uma adolescente judia que viveu num anexo pequeno e escuro, com a família, durante a II Guerra Mundial. Durante esse tempo escreveu um diário, que é o hoje um dos livros mais reais que já li. Anne acabou por ser levada para Auschwitz e faleceu de tifo num campo de concentração na Alemanha, poucos meses antes da data de libertação.

Sempre que vem cá alguém do exterior, com o vento nas roupas e o frio nas faces, apetece-me enfiar a cabeça debaixo dos cobertores para me impedir de pensar “quando é que poderemos respirar novamente ar puro?” 

O diário de Anne foi publicado pelo pai, o único sobrevivente, da família Frank, do holocausto. Ao contrário das outras histórias que aqui menciono, só conhecemos Anne enquanto criança, mas é suficiente, para mim, para a por junto destas grandes mulheres dos livros.

 

Sira Quiroga

Ah. Sira. Tenho saudades dela. Talvez, de todos os livros sobre grandes mulheres, seja deste que eu tenha mais saudades.

Sira é uma rapariga de Madrid que nasceu e cresceu só com a companhia da mãe e entre retalhos e alfinetes num atelier de costura. Ruma a Marrocos onde, sozinha, sem qualquer apoio familiar, nem dinheiro vai passar os piores momentos da sua vida. Mas a mulher sofredora que Sira foi um dia transforma-se numa inspiração. Ela é a representação do poder feminino e representa o facto de sermos capazes de fazer todas as coisas a que nos propomos. Sejam boas ou más, se precisarmos de as fazer, por algum motivo, somos capazes. Sira, a resiliente. Sira, minha girl boss.

Alice Hart

Alice é uma personagem frágil, emocional mas cheia de coragem. Parece difícil e complicado ter fraquezas tão grandes e ao mesmo tempo ter força para mudar a vida toda. Mas Alice é exatamente assim. E temos o privilégio de a conhecer criança, jovem e adulta. Temos a sorte de acompanhar o seu crescimento conturbado e envolto em secretismo, para depois conhecer adulta em que se transforma. Alice é a prova que podemos sempre dar a volta.

Eleanor Oliphant

Eleanor é uma rapariga de trinta anos bastante reservada mas com um humor requintado e muitas manias. A sua forma de agir é espontânea. As palavras saem-lhe da boca sem pensar. A par disto, está sempre preocupada com alguma coisa e elabora cenários precipitados para qualquer problema. Acho que é por isto que gosto dela. Somos parecidas.

“Comprei leite, um pacote de pão e uma lata de argolinhas de massa em molho de tomate. Tencionava comprar letrinhas, mas, por impulso, optei pelas argolinhas. É bom manter a mente aberta, apesar de eu saber perfeitamente que as argolinhas e as letrinhas sabem ao mesmo. Não sou estúpida.”

 

Kya Clarck

A Kya é a miúda do Pantanal. Vive sozinha numa cabana sem condições. E cresce a aprender o que é o abandono e a solidão. Apesar disso não se torna uma selvagem. Cresce na ingenuidade, mas atenta e perspicaz. Torna-se uma mulher independente e bem sucedida, sem nunca ter ido à escola. Os anos que viveu sozinha têm impacto na sua personalidade, como não podia deixar de ser, mas isso não me faz gostar menos dela.

“Precisas de arranjar amigas, amor. as amigas são para sempre – mesmo sem votos. Nada mais terno e resiliente que um punhado de mulheres.”

 

Quem são as vossas mulheres literárias? Que grandes mulheres dos livros tenho que conhecer a seguir?

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