papas de aveia

Sei dizer o exato momento em que provei papas de aveia. Esquisitinha como sou não seria de esperar sequer que provasse quanto mais de vir um dia a fazer em casa porque quero realmente comer.

Não é novidade para ninguém por aqui que não gosto de muitas coisas ao nível da comida. Não gosto de agrião. Nem de batata de nenhuma forma (uma pequena excepção para as batatas fritas, mas mesmo assim não gosto de todas porque o que me incomoda neste alimento é a sua textura mole) nem de pasteis de nata. Não gosto de queijo. Nem de pepino. Bem. chega. Fiquemos por aqui porque o texto não é sobre isto.

Quando era miúda comia muitas coisas que hoje deixei de comer. Mas o contrário também aconteceu e passei a consumir muitas coisas que durante anos rejeitei. Hoje em dia já provo coisas quando antigamente só de olhar dizia que não gostava e recusava em absoluto sequer provar. Isto passou-me em viagens quando comecei a ver que passava dias inteiros a comer as mesmas coisas sem nunca provar as receitas típicas dos outros países. Isto fazia com que eu não tivesse a experiência completa. Quando na Tailândia comi a chamada comida de rua (nada estranho, calma – quer dizer – acho eu) as coisas começaram a mudar.

A história das papas de aveia

As papas de aveia são um exemplo de comida que eu diria só de olhar que não ia gostar. Porque tem tudo para de facto eu não achar piada. A textura mole que não sou capaz de comer e o efeito papa. Mas sei o exacto momento em que provei, gostei e nunca mais deixei de comer.

Fui a um workshop da Catarina Beato em que ela confeccionava uma data de iguarias. Chamava-se Brunch das Princesas. Na altura eu precisava muito de fazer coisas novas e principalmente fora da caixa e decidi lançar-me num evento onde não conhecia ninguém e cujo objetivo era comer. Sabendo eu como era esquisitinha, tinha tudo para correr mal e por isso é que fui! Sou pouco maluca, sou!

Lembro de haver bolo de mirtilos, saladas, pão e panquecas. Logo não ia passar fome, mas teria de passar pela vergonha de dizer que não queria as papas porque enfim… Pensei “que se lixe, vou provar”. Corria o sério risco de não gostar e aí seria pior ainda. Mas perdida por cem, perdida por mil.

Lembro-me de haver bolo de mirtilos, saladas, pão e panquecas. Logo não ia passar fome, mas teria de passar pela vergonha de dizer que não queria as papas porque enfim… Pensei “que se lixe, vou provar”. Corria o sério risco de não gostar e aí seria pior ainda. Mas perdida por cem, perdida por mil. Tive a maior surpresa quando me soube bem. Bem, não. Eu tinha realmente gostado e não tive que levar com olhares em cima de mim por não ter gostado de alguma coisa em cima da mesa, como geralmente acontece neste tipo de eventos.

A alegria de comer aveia

A aveia é um alimento muito rico. Existe em forma de flocos, farinha e farelo. E há ínumeras formas de a usar. Aqui em casa uso em flocos para as papas e em farinha para as panquecas, por exemplo. É boa na ajuda ao controlo do colesterol, boa para quem pratica exercício e é muito saciante.

Hoje faço frequentemente papas de aveia. E já partilhei inúmeras vezes receitas com vocês:

Geralmente faço a olho. Junto leite ou bebida vegetal (gosto da de amêndoa) com uma raspa de limão e um pau de canela. Junto-lhe flocos de aveia e deixo ferver. Depois adiciono canela em pó e um pouco de mel. Olhem parece-me tanto arroz doce! É maravilhoso.

Em seguida decoro com frutas. Framboesas, morangos, banana. É o que tiverem por casa. Também fica espetacular com topping de manteiga de amendoim, granola ou pepitas de chocolate.

E vocês, têm algum alimento que não queriam provar e depois acabaram por se render?