ser millennial hoje

Ser millennial hoje é ser “cringe”, mas que raio?! Os mais novos têm sempre um gostinho especial em “gozar” com as coisas dos mais velhos. Eu sei, já o fiz. Ainda o faço! Só que até há pouco tempo era eu que fazia parte “dos mais novos” e agora já tenho duas gerações abaixo de mim. E assim, já não tem piada. Já são eles a gozar comigo!

Adoro ser millennial e estar no meio de duas gerações tão diferentes. Ser millennial é retirar o melhor da geração anterior e aprender com o melhor da seguinte. É uma win win situation. É só vantagens! Vocês poderão dizer que qualquer uma poderá beneficiar desse facto. Mas não acho. O caso dos millennials é diferente.

Sobre ser millennial hoje

Estava eu no tik tok (território da geração Z, aquela imediatamente a seguir à minha) e percebi que é por lá que gozam “comigo2 Mas como assim? Que história é esta de agora dizerem que os millennial não são cool? Que fazer coleção das revistas Bravo e acreditar nos questionários do amor era uma palermice? Essas revistas extremamente realistas eram o nosso instagram. Era o sítio onde sabíamos as novidades dos backstreetboys. E isto é tocar num ponto muito sensível para mim ok? Ser millennial hoje é ter este tipo de história saudosista e poder escrever num blog, que hoje representa uma plataforma que fez muitas pessoas criarem o seu próprio emprego e ter uma profissão nova. Percebem o que quero dizer? Ser millennial e fazer parte de dois mundos distintos e compreender a beleza que é fazer parte de todas estas mudanças e evoluções.

Vi o mundo mudar do discman para o mp3 enquanto usava calças à boca de sino (que ficavam molhadas até ao joelho em altura de chuva) e pulseiras de missangas que eu mesmos fazia.

Faço parte da primeira geração a usar muita da tecnologia enquanto jovem (os meus pais já a usaram enquanto adultos) mas ao mesmo tempo sei reconhecer o som de uma máquina de escrever a encravar. Acho que sou parte de uma geração sortuda por saber como se vive nos dois mundos. Aquele cujos telefones eram com uma roda e este onde já não há teclas.

Nós, as pessoas da geração Y, sabemos quem é o George Clooney e o Noah Centeneo, sabemos reconhecer uma música dos Beatles (e apreciar) mas também vibramos com Watermelon Sugar, percebem? Tivemos a sorte de ver o Cristiano Ronaldo jogar. (E um dia falaremos dele como os nossos avós falam do Eusébio. Giro!)

Gosto de ser millennial hoje

Soube há pouco tempo, quando diz está reflexão no instagram, que os nascidos após 2010 são já a geração alpha. Os primeiros que nasceram em com o mundo completamente digital. Estas crianças são capazes de achar que o forno é touch screen. (Bom, talvez alguns já sejam mesmo!) Ainda estava eu a preocupar-me com os Z e já anda uma nova geração entre nós há pelo menos 10 anos, mas pelo menos esses ainda não acham nada constrangedor ou estranho. Lá chegará o tempo em que acharam “cringe” ser Z.

Gosto de ser millennial hoje. Acho mesmo a geração perfeita. Porque assistimos a mudanças tecnológicas (e não so) muitissimo importantes. Vivemos essa história. Que sorte a nossa.

Ser millennial hoje é poder usar uma rede social atual para publicar uma foto com um vestido às bolinhas que parece que aqueles que a minha mãe usava e que eu só não apelidei de “cringe” porque essa palavra ainda não se usava. Afinal ser “cringe” é como a moda, é cíclico.