Séries feministas

Há algum tempo fiz um post sobre livros cujas mulheres eram as grandes protagonistas. Hoje lembrei-me de fazer o mesmo mas com outro tipo de conteúdo que também consumo muito. Aqui ficam algumas séries feministas.
Séries feministas
As séries feministas não tem que ser só sobre o papel das mulheres da sociedade e sobre a sua relação ou comparação com os homens. As séries que vou trago têm várias abordagens. Falam essencialmente da mulher (pois, claro!) das suas fraquezas e forças, da sua ascenção, posição e visão de si mesmas, mas também das relações das mulheres umas com as outras (que olhem nem sempre têm que ser más e competitivas.)
The Bold Type
Em The Bold Type (4 temporadas até à data) privamos de perto com Sutton, Jane e Kat. Três miúdas completamente diferentes umas das outras que levam a amizade feminina muito a sério. Quando digo a sério, é mesmo a sério. Não há nada mais importante do que a relação das três. Elas largam literalmente tudo o que estão a fazer para atender o telefonema da outra. Talvez, em algumas situações, seja demasiado excessivo o que fazem (eu e as minhas amigas chegamos a esta conclusão). Mas no fundo a mensagem é bonita porque eleva a amizade entre as mulheres.
Todas trabalham na redação da revista Scarlet. que é o palco principal. Sutton na área da moda. Jane como jornalista. E Kat como gestora de redes sociais. A história centra-se muito na profissão de cada uma e nos desafios/ dilemas que enfrentam (que é muitas vezes o tema central do episódio) e nos seus relacionamentos amorosos. Além delas, certamente que não posso deixar de falar de outra mulher muito importante: Jacqueline, a diretora da revista, que quase sempre vai ter o papel da pessoa que dá a moral da história.
Se querem séries feministas, esta é a série. É muito descontraída, leve, engraçada mas acaba por abordar temas importantes do universo feminino (mas não só).
Coisa mais linda
Se só pudessem escolher uma das séries feministas que vou falar aqui escolham esta. Ela é certamente a mais bonita. É sobre a ascenção da mulher nos anos 60 mas também é sobre a sua condição, alegria, determinação, coragem e valentia. É sobre cumprir sonhos e não baixar os braços. E amizade. É sobre arranjar soluções. E tem muita música, praia. festas e roupas coloridas e lenços no cabelo. É mesmo a coisa mais linda que podem ver. Dediquei um post inteirinho a esta série se quiserem saber a minha opinião mais aprofundada e a sinopse desta série brasileira.
Girl boss
A Sophia é uma miúda sem rumo na vida, perdida entre empregos, sem saber o que fazer e pior…sem saber o que gosta de fazer. Um dia descobre a sua vocação e com isso o seu propósito quando, do nada, se torna numa empreendedora e cria o seu próprio negócio na internet. Mas, acontece que a que a Sophia não é a típica heroína boazinha. Tem ataques de fúria e de mau feitio. Não teve a melhor estrutura familiar o que a torna meio descompensada e por isso não se dá com muita gente e é descomprometida com os valores saltando algumas regras. Para saberem mais podem ver o meu post completo sobre esta série (ta,bém há o livro) aqui.
Jane the virgin
Jane the virgin é uma comédia hilariante, tipo novela mexicana onde todas as coisas mais parvas que podem imaginar acontece. O mote desta série não é fazer parte das séries feministas, já que o que a move é o triângulo amoroso Jane, Michael e Rafael (#teamRafael aqui). No entanto, não podemos negar toda a estrutura da familia Villanueva e portanto faço dela também uma série sobre mulheres e a forma como se relacionam entre si.
A avó, Alba é uma emigrante católica representante do moral e dos bons costumes (mas num estilo crescente que vocês não vão acreditar no bom que é) a mãe Xiomara é solteira e muito para frente, uma verdadeira doida cheia de coragem, contrariando toda a educação conservadora que Alba lhe deu. Jane foi criada entre a tradição que lhe passa a avó e a liberdade que lhe dá a mãe. Agora imaginem a animação que é dentro daquela casa. Todas elas têm um papel fundamental em cada episódio e damos boas risadas à conta delas.
Mãe há só duas
Esta série espanhola tem apenas uma temporada, até agora. Posso dizer que é uma comédia, mas aviso já que vai ter bons ensinamentos e até tristezas pelo meio. Duas mulheres completamente diferentes (uma é rica e chique e a outra hippie e pobre) dão à luz no mesmo dia. Só passado quatro meses é que descobrem que levaram as crianças erradas para casa. Quando vão trocar as crianças percebem que já se apegaram à filha uma da outra, mas também não querem ficar sem a filha biólgica. A solução? As duas famílias vão viver juntas!
Vis a vis
Vis a vis é uma série espanhola cuja ação se passa dentro de uma prisão feminina. O que vemos são mulheres, cada uma com a sua história, famílias, amores e problemas que vão sendo obrigadas a agir pela sobrevivência. Quando nos encontramos frente a frente com um problema, só aí sabemos a força que temos.
A série tem bastantes reviravoltas, algumas inesperadas, mas sempre muito inteligentes na forma como são construídas. Fiquei fã deste enredo precisamente por causa da maneira como as cenas estão pensadas e encadeadas entre si.
Este ano, a Netflix lançou uma espécie de continuação, chama-se Vis a Vis el Oásis e é a vida de duas protagonistas fora da prisão. Mas, tenho que vos dizer que esta já não aconselho tanto, achei profundamente sem sentido e desnecessária para a história,
Ginny and Geórgia
Ginny é uma adolescente de 15 anos e Géorgia é a sua mãe de 30. A história passa muito pela ligação e relação das duas. A educação que Georgia dá a Ginny não é de todo a mais convencional ou dentro das regras, digamos, mas é o melhor que ela pode. E pelos filhos vale tudo, dizem! A série acaba por falar um pouco dos problemas de uma rapariga adolescente e dos dramas de uma mãe solteira e muito nova. Ao mesmo tempo que é dramática acaba por ser também cómica. Se nos primeiros minutos achei a Geórgia meio excêntrica, no final do primeiro episódio ela ganhou-me e passei a adorá-la! Já a Ginny e as suas amigas tornam-se meio irritantes, não identifiquei muito a minha juventude com a delas, acho eu!
Já viram algumas destas séries feministas? Têm alguma para me recomendar? Sou toda ouvidos nos comentários.
Green
De todas as que aqui partilhas, já vi Girlboss e gostei imenso. Tenho de experimentar as restantes.
Andreia Moita
Sugiro Bold Type se quiseres uma série para seguir durante um tempo, já que já há 4 temporadas. E sugiro a Coisa mais linda se quiseres ficar completamente maravilhada com a mensagem.
Marta Chan
Acho que vou ver Coisa mais linda a seguir. Girlboss gostei mil vezes mais do livro (li primeiro), Bold type achei um máximo e a Jane achei demasiado disparatado e repetitivo e desisti.
Não comento muito Andreia, mas leio praticamente todos os teus posts, tens feito um trabalho incrivel, continua!!!
Andreia Moita
Concordo que o livro “Girlboss” é melhor. Agradeço muito o incentivo. Obrigada por me leres. Um beijinho.
Marisa Vitoriano
Já vi Girl Boss, Coisa Mais Linda e GInny e Georgia e gostei de todas, mas em especial de Coisa Mais Linda (já faziam a nova temporada!!!)
A The Bold Type ainda não acabei, porque gosto demasiado e estou a fazer render para não me despedir já 😉
Andreia Moita
The Bolt Type é a mais comprida de todas pelo que se torna mais difícil a despedida. Eu vi tudo de seguida, imagina. Mas calma que eu já ouvi rumores que vem nova temporada.