livro terapia de casal

O livro “Terapia de Casal” não é nada bom para vocês lerem se de facto estiverem a precisar de terapia de casal. Eu como não precisava decidi ler em conjunto com o homem e agora já preciso.

Este livro, é o resultado do podcast (com o mesmo nome) da Rita da Nova e do Guilherme Fonseca onde ambos discutem sobre temas do dia a dia. Temas esses sobre os quais discordam, claro. Cada um dá o seu ponto de vista sobre coisas bastante sérias, e depois, como são competitivos, apelam ao voto. Afinal estamos do lado da Rita ou do Guilherme?

E para não se afastarem já a pensar que isto é a gozar., elucido-vos desde já que eles não vão discutir nem acerca de filhos, nem de política, nem de jantar em casa dos sogros. Os assuntos aqui são muito mais recorrentes na vida de qualquer casal: máquinas de lavar, decidir onde vamos jantar, escolher uma série para ver juntos, quem é que conduz melhor…

Como eu li o livro Terapia de Casal?

Se é para fazer isto bem feito, resolvi que ia trazer as discussões deles cá para casa. Melhor do que discutir sobre os nossos problemas é falar sobre os problemas dos outros. Teria sido giro, cada um de nós ler o capítulo e depois posicionar-se. Mas começamos por divergir logo aqui. É que enquanto eu leio cinco livros por mês, o meu excelentíssimo lê um livro no verão. Portanto, o que aconteceu foi que eu lia e depois explicava-lhe a posição da Rita e a do Guilherme em relação ao tema em questão, para debatermos qual seria eu e qual seria ele perante tal situação. Uma vez que era eu quem lia e explicava, posso ou não ter contado as coisas à minha maneira de modo a influenciar a conversa. Não confirmo nem desminto este facto.

No final do livro já temos posições definidas. ´Mas antes de revelar, quero só dizer que aconteceu duas ou três vezes ficarmos ambos do mesmo lado o que quebrou completamente as regras do jogo. E em vez de ficarmos a discutir sobre a nossa relação, acabávamos a discutir a da Rita e do Guilherme tal qual dois coscuvilheiros à janela, o que também foi bastante interessante.

Team Rita ou Team Guilherme?

Ora, então, vamos a resultados. Foi para saber desta parte que vocês leram até aqui não foi? Eu fiquei team Rita e o Bruno ficou Team Guilherme. Várias vezes ouvi “Tu és ela. Tu és ela.” de forma bastante efusiva. Descobriu que afinal não vive com um ET e mais pessoas que pensam como eu.

Quando foi o texto sobre chamar os maridos de cinco em cinco minutos, para ver alguma coisa muito gira no computador, eu nem sequer li em voz alta. Tomei nota dos nossos teams em plena consciência, sem ser preciso ele saber que eu estava a assumir a culpa. (O livro Terapia de Casal é meu, quem está a ler sou eu, fui eu que decidi que íamos fazer este jogo, portanto as regras também são minhas – qualquer semelhança ao pensamento de uma criança é pura coincidência!).

Concordo com a Rita quanto ao facto de que se pode perfeitamente pensar (ou mesmo planear) uma viagem enquanto se está… a viajar. Também concordo que podemos comprar mais livros e plantas… tipo, sempre. E com certeza eu só serei o porta voz do casal quando for preciso discutir com alguém. Falar pode falar ele. Mas se for para refilar não há ninguém melhor que eu.

No entanto, ainda que team Rita, tenho que destacar questões fraturantes onde me ponho do lado do Guilherme, como no assunto referente a contar histórias. Adoro uma história com sumo. Exagerada e emocionante. Mesmo que não tenha acontecido exatamente naquele dia. Ou naquela hora. Desde que tenha realmente acontecido posso contá-la como eu quiser. Ah, já me esquecia, quanto à casa de banho…A Rita diz que o Guilherme de passar demasiado tempo na casa de banho. E outro tanto tempo à procura de uma. O meu pior pesadelo é ter vontade de fazer xixi fora de casa. Detesto casas de banho alheias. Mas compreendo o que é ter uma bexiga pequena. Sobretudo quando bebo chá. Ou cerveja.

Então, ainda acham que não precisam de ler o livro Terapia de Casal?