Afinal, tenho um podcast
Antigamente toda a gente tinha um tamagochi. Depois jogámos Sims. Veio o HI5 e toda a gente teve um. Blogs, canais no youtube, facebook, instagram, tik tok… E agora toda a gente tem um podcast. Eu tenho um podcast.
Não vejo necessidade de seguir as modas e saltar de uma plataforma para outra sempre que surge alguma nova. Pelo contrário eu vou acumulando. A prova disso é que criei um podcast em 2023 e mantenho na mesma um blog, mesmo depois de toda a gente ter vaticinado a morte dos blogs. Eu não acredito, já disse várias vezes, por isso continuo por cá. Mas não é por isso que deixo de explorar outras formas de comunicação. Faço-o com a imagem – fotogradias e videos – no instagram e agora com a voz no podcast. Não tem a ver com adaptação e nem com estar onde as pessoas estão. Tem a ver com o desafio e com a experiência.
Podcast “Afina, em que é que ficamos?”
O meu podcast é em parceria com a Rita Nobre Mira que conheci precisamente no Instagram e me desafiou a fazermos algo em conjunto. Chegámos à ideia que um podcast seria interessante e definimos o conceito de ideias que cada uma já tinha. Ela precisava de algo com humor eu precisava de algo que me metesse os pés na terra para não acelerar na loucura sem travões. Ela avança mesmo sem estar perfeito eu invento mil desculpas de coisas que ainda temos de ver antes de fazer. Ambas planeamos e focamos. E é ai que nos encontramos.
Todas as quartas feiras trazemos um tema para debate (que pode ou não ser sério!) e damos dois pontos de vista. Ou seja trazemos o desacordo e convidamos as pessoas a tomarem partidos, a ficarem de um dos lados da questão debatida. Porque há sempre dois tipos de pessoa.
O interessante disto é que eu e a Rita não somos amigas há vinte anos. Ainda não sabemos o que a outra está a pensar através do olhar, sabem? Nós conhecemo-nos há seis meses. Não faço ideia do que Rita acha sobre os temas mais fraturantes da sociedade nem sobre as coisas mais imprevisíveis do dia a dia. Não sei se ela acredita na astrologia ou se estende roupa com molas da mesma cor. E por isso é provável que muitas vezes nos venhamos a por de acordo mas muito mais provável é que passemos o podcast a discutir por ter ideias completamente contraditórias. Acreditem ou não, definimos o tema, mas nunca falamos sobre o nosso posicionamento antes de gravar.
O podcast chama-se “Afinal, em que é que ficamos?” e está disponível no Spotify, Apple, Google e Anchor.fm. Depois, a revolução acontece na nossa página de instagram onde aguardamos saber de que lado da questão que debatemos é que vocês ficam.
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