Como ser mais seguro?
Sabem quando estão naqueles momentos em que a confiança vira insegurança? É fácil de acontecer, não é? Mas e se for o contrário? Já exige outra destreza mental. Mas também é possível. Eu não quero vir para aqui dar uma de terapeuta, o que seria! Até porque fico insegura mais vezes do que gostaria, sendo que isto já é um eufemismo. Eu vivo insegura. Muitos de nós vivemos, acredito. Vou-lhes contar uma experiência recente. Tenho algumas coisas a partilhar sobre o assunto: como ser mais seguro?
Estou a tirar uma pós graduação e no outro dia fiz um trabalho, que tal como o próprio nome indica, deu trabalho. Esforcei-me. Meti empenho. Estudei o que não entendi e refiz o que achei menos bom, até ficar como queria. E ficou. Gostei. Satisfez-me. Quando o entreguei a confiança esmoreceu. Parecia aquela miúda que saí do teste aos 14 anos e diz que não correu nada bem. Quando recebi a nota, achei excelente, fiquei toda contente. E logo a seguir, mas logo mesmo dois segundos depois, pensei “ah, mas eles devem estar a facilitar e dão boas notas a toda a gente”. Digam-me lá, merecia uma chapada, não era?
Porque é que depois de ter trabalhado tanto e de me congratular pelo reconhecimento, duvidei que merecia aquilo? Troquei umas bolas comigo mesma. Que eu falo muito, até comigo! Porque percebi imediatamente que isto não era normal. Eu sabia que o trabalho estava bom. Fi-lo para estar. Por que haveriam de me fazer um favor dando-me uma boa nota se eu não a merecesse?
Como ser mais seguro: faz com que não fiquem de lados opostos mas sim com que uma dê lugar à outra
Percebam, eu tenho a sorte de compreender que isto se passa comigo. Conheço-me e por isso sei o que fazer para ultrapassar com ferramentas próprias. O pensamento fugiu-me tão depressa quanto me apareceu. Afinal, como ser mais seguro? Eu fiquei a matutar: é este o exercício mental que as pessoas com inseguranças (like me) têm que fazer para passar a ser confiantes todas as vezes que acharem que não são merecedoras de alguma coisa. Isto é cansativo. Mas façam-no as vezes que forem necessárias. Debatam com vocês próprios, ou com alguém profissional se assim entenderem, as vossas fragilidades. Elas ficam com menos força cada vez que são confrontadas. E com esta frase motivacional estrondosa que acabei de inventar, vou-me! O texto tem mais força se vos deixar assim de repente, percebem?!
(Ups, ainda não fui, afinal, se quiserem ler mais sobre a minha opinião e experiência pessoal acerca deste assunto, tenho este post ao qual chamei “auto-promoção ou gabarolice“)
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