Ode ao cesto de roupa suja vazio
Há poucas coisas que eu gosto na vida adulta. Ter de cuidar da minha própria roupa não é uma delas. Por isso, faço hoje uma ode ao cesto de roupa suja vazio porque a sensação de o ver assim só é comparável ao alívio de desapertar o botão das calças depois do almoço de natal.
Ter de passar da fase em que se pede mais uma vez dinheiro aos pais para comprar roupa para a época em que ficamos felizes por já não ter mas roupa (para lavar) é uma evolução difícil de aceitar. Quase ao nível de correr para a estender quando faz sol (que está bom para secar) e quando faz chuva (para apanhar a puta da roupa que já estava seca).
O cesto da roupa suja é talvez o maior flagelo das vidas contemporâneas. Além de acumular roupa de forma completamente despropositada, faz desaparecer meias e tem o dom sem igual de reter dentro dele a roupa que mais queríamos vestir precisamente naquele dia.
E a mesma roupa que nunca é suficiente na hora de vestir torna se demasiada na hora de lavar, estender, apanhar, passar, dobrar e arrumar. Portanto, sim aquelas escassas duas horas em que o cesto se apresenta vazio são de extrema felicidade e entusiasmo.
Mariana Leal
Ahahah x) Por acaso não me incomoda nada, é das minhas tarefas domésticas preferidas, tratar da roupa 🙂 Todos os sábados de manhã ponho uma máquina a lavar, depois vou acumulando a roupa para passar e noutro sábado qualquer tiro 2h para passar a ferro. É terapêutico. Prefiro mil vezes isto a ter de cozinhar – felizmente “casei” bem e é o meu homem que trata da cozinha cá em casa \o/
Andreia Moita
É verdade, já mais gente me referiu gostar de tratar da roupa!!