Corria o mês de Fevereiro e (acho) encontrei o livro favorito do ano 2023: livro “Terra” de Eloy Moreno.

Quando li mais de 100 páginas de seguida e mostrei cá em casa que este livro não tem texto em todas as páginas. Ele exclamou: “mas esse livro é uma mentira!” Achei curioso. E vocês quando lerem também vão saber interpretar esta frase com um sorriso trocista. A nossa forma de viver, altera-se se soubermos tudo o que devemos saber? A verdade condiciona-nos?

“Terra” de Eloy Moreno

A história é de certa forma uma sátira social. Está escrita com uma perspicácia sem igual. De zero a cinco estrelas? Seis.

É difícil explicá-lo ou dizer do que fala sem vos estragar a experiência. Porque a alegria de o ler está também na descoberta daquilo que começa por ser e naquilo em que se vai tornando.

A análise social está sempre presente. Os comportamentos que temos perante os nossos superiores. (E o que é isso superiores? Não somos iguais afinal?). O poder. O estatuto. O dinheiro.

Os grandes episódios da humanidade vão ficando desatualizados e tornam-se pequenos à medida que a evolução comanda. A tecnologia. O que será possível fazer amanhã? E o que faremos nós, humanos, inteligentes, com esse conhecimento?

Os erros do passado. A incerteza do futuro. A televisão, as redes sociais, o presente. O que é normal? Realidade? Ficção? Verdade ou mentira? No fundo, é real ou verdadeiro aquilo em que escolhemos acreditar. Ou não?

Jornalismo. Investigação. Jogos. Enigmas. A ânsia de descobrir. Saber. E depois, Enfrentar ou fugir?

Inquietação. Reflexão. Um aceno de concordância. Já tinha pensado nisso. Relaxo. Mas sempre em alerta. Uma descoberta nova. Espírito crítico. Questiono-me. Um rasgo de lucidez. Compreensão. Faz sentido. Curiosidade. Surpresa. Entusiasmo. E fascínio quando alcancei a magnitude da história.

“Pensem naquilo que vos agradaria neste mundo, no que gostariam de alcançar quando fossem mais velhos…” Se vos fosse permitido realizar um desejo, o que pediam?