A velocidade do tempo
Se estás à espera de ler algo diferente das habituais lamúrias (ou consagrações) sobre o tempo (“ah este ano passou tão rápido”) então este texto não é para ti. Este texto É MESMO MAIS UM acerca da velocidade do tempo.
Olhei agora para o calendário, ali escondido no canto inferior direito do computador, e ele afirma que é dia 14 de Setembro. Fiquei CHO-CA-DA. Com a pressa com que as coisas andam, entre terminar de escrever, rever, otimizar, tirar foto, editá-la e publicar tudo isto, já devem ter passado mais quinze dias. Estou a exagerar? Pois bem, estou. Mas não está o tempo sempre a exagerar connosco? A passar sem o vermos (excepto se estivermos um minuto em prancha)? A dar-nos cabo dos planos (e das costas)?
Onde é que houve tempo de o tempo passar tão rápido?
Como é que o meu cabelo já cresceu isto tudo? Ainda ontem o cortei. Já estou com o período outra vez? O frigorífico está novamente vazio? A semana já deu a volta e estamos na casa de partida mais uma vez (sem receber!) Por amor de deus! E as crianças que não calçam o mesmo número de sapatos mais do que dois meses? (Estou a exagerar outra vez? Desculpem, não tenho filhos, mas adoro meter-me em caminhos apertados, que é como quem diz: falar sem ter ideia do que digo!)
no e os anos da Maria são amanhã. A consulta, adiada para daqui a 2 meses, também. E o concerto, para o qual faltava ano e meio, também! Marcámos três coisas para o mesmo dia porque ainda faltava muito tempo! Agora já nos parece mais apertado. Mas, calma, vai dar tempo de fazer tudo! Quem nunca?
O tempo passa, como dizem os mais velhos, no caso eu, se isto for lido por alguém de 15 anos. Será que o tempo passa sem darmos conta porque estamos todos sem tempo de reparar no tempo? Talvez sejamos nós que o apressamos. Pessoas que estão ansiosas pelo fim do verão e pelo regresso do halloween e do natal, estou a falar com vocês.
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