acelerador de tempo

Não sentem que a determinada altura do ano entramos num acelerador de tempo? E não, não é inconsciente. Não, não é sem querer ou sem darmos conta! Sabemos perfeitamente que o fazemos. Sabemos quando estamos a entrar na máquina que nos leva mais depressa

Passamos a vida acelerados. E reclamamos disso. Mas não seremos nós que nos aceleramos a nós mesmos? Não estaremos nós a acelerar o próprio tempo? Quando dizemos que o ano passa a correr sem darmos conta, que vivemos sem tempo para nada, mas em Outubro já queremos montar a árvore de natal, não estamos nós mesmos a provocar a ansiedade do tempo em nós?
Não estamos a viver as coisas no tempo certo quando compramos prendas de natal nos saldos do verão. E podem vocês achar que isto é coisa que gente precavida, despachada ou que não gosta de centros comerciais. Podem vocês achar que quem vai às compras no dia 23 é que é maluco e que esses é que andam acelerados. Na verdade, se virmos bem, andamos todos. Os que se arrastam e os que correm.

Parece que todos queremos andar devagar ou chegar mesmo a congelar os momentos, mas a dada altura parece que entramos num acelerador de tempo. No final do ano isso fica mais evidente ainda. E criamos a problemática da qual nos queixamos.