roménia

Estão preparados para uma viagem à Roménia em 3 dias? Nunca tinham pensado neste destino mas não perdem uma oportunidade de conhecer sítios novos? Estou a parecer um texto de anúncio de uma agência de viagens? Ok. Vou parar. Siga direto para saberem tudo sobre a minha viagem à Roménia onde visitei a capital, Bucareste, e a região da Transilvânia, em 3 dias.

Roménia, algumas impressões

Bucaresti significa “city of Joy” o que é irónico porque lhe aconteceram imensas tragédias politicas e naturais. A cidade está a ser reconstruída e não é incomum encontrar uma bonita igreja junto a um prédio devoluto. As estátuas, por exemplo, estão sempre a mudar de sítio conforme a estrutura da arquitetura se altera. Bucareste já foi considerada a Little Paris, sabiam? E em alguns lugares eu consigo perceber a ideia, porque há cantos com arquitetura mesmo bonita que adorei, mas noutros… deixa muito a desejar, com prédios habitacionais graffitados ao lado de outros completamente destruídos.

À parte disso, achei uma cidade cheia de movimento. Para quem gosta de jantar e sair à noite é ideal. É bem animado, devo dizer-vos. No entanto, não achei que tivesse muita gente. Havia muitas zonas onde não estava ninguém e nunca tivemos de enfrentar grandes filas para visitar as coisas. A moeda não é o euro, mas o revolut resolve. Boas notícias: É tudo bastante barato, relativamente a Portugal. Para terem uma ideia o autocarro do aeroporto para o centro da cidade, que ainda demora uns 40 minutos, custou 60 cêntimos! Pasmem-se. E, atentem, pago com revolut já dentro do transporte. Achei super avançado!

 

Dia 1 | Bucareste, Old Town

  • Curtea Veche: este edifício era a antiga corte – habitada pelo Vlad III, mais conhecido como Drácula.
  • Hanul Manuc: um dos hotéis mais antigos de Bucareste. Tem também restaurante. É bonito, mas só visitei.
  • Biserica Ortodoxa: Esta zona aqui é bastante interessante. Passeiem por lá.
  • Igreja Stavropoleos: o interior é de madeira ornamentada e tem um pátio com lápides antigas.
  • Pasajele Macca – Villacrosse e Umbrella in pasajul Victoria (é uma rua de cafés, bastante modernos para aproveitar um final de tarde acolhedor)
  • Palácio Nacional Militar
  • Capitoline Wolf of Bucharest
  • Carturesti Carusel: Esta é livraria mais linda que já vi. Na verdade tem mais do que livros, mas isso não interessa, se são amantes têm que visitar e perder-se naquelas escadarias. Encontrei por lá um o “Morreste-me” do José Luís Peixoto e trouxe (óbvio!)
  • Rua Lipscani: esta é a rua mais animada de Bucareste. Está cheia de restaurantes, bares e música.
  • National Theatre e University Square

Restaurantes e comida:

  • Freddo: para jantar mas também ficar para dançar (piscadela de olho!)
  • City Grill: fomos a este restaurante duas vezes. Era bom, barato e perto do hotel. Têm grelhados comuns e comidas tradicionais como Mititei (carne moída em formato linguiça) e doces típicos como Papanasi (uma massa frita parecida, a um donut, e geleia por cima)
  • Luca: é daquelas lojas para se comer em andamento, para quem não tem tempo a perder. Escolhemos “Covri” uma espécie de massa pão com salsicha por dentro. Custam mais ou menos 2 euros. Eu queria comer outra vez!
  • Trdelnik: Um bolo enrolado, muito conhecido na Europa central e pelos vistos de leste também! Provem.

 

Onde ficámos alojados?

Vamos a uma história (não tão) engraçada (assim) que eu sei que vocês gostam disto: No Booking, marcamos um apartamento que embora pequeno nos pareceu incrível. 70 euros para três noites. Era um achado! Ao chegar à zona, comecei a torcer o nariz. Quando vi o prédio, achei medonho. O apartamento em si era terrível. Imaginem, era igual ao que estava nas fotos mas 30 anos depois! Meio rolo de papel higiênico, toalhas manchadas e um cadeirão com humidade. Fomos embora. Pernoitamos no Europa RoyaL Bucarest e pagamos por cada noite o total que íamos pagar no outro para as três (riam!) mas recomendo porque era bem bom!

Dia 2 | Arredores de Bucareste

  • Palácio do Parlamento: é o maior palácio do mundo e o terceiro maior edifício. Tem 350mil metros quadrados, demorou 9 anos a ser construído e foi encomendado pelo regime comunista.
  • Manastirea Ortodoxa Antim
  • Catedral Patriarcal: temos de enfrentar uma subida dos infernos para lá chegar mas depois a zona é bem bonita e faz valer a pena. As igrejas por dentro, para quem gosta, também são bem interessantes.
  • Saint Spyridon (new church)
  • Manastirea Radu Voda
  • Bulevardul Unirii:. zona do Rio, muito diferente do resto da cidade mas bem agradável.
  • Biblioteca Nacional
  • Jardin Cismigiu (era suposto ter um grande lago, mas estava, digamos…meio seco!)

 

Termas de Bucareste

Deixem-me fazer aqui um pequeno destaque. Vocês nem pensem ir à Roménia e não ir às Termas de Bucareste. É absolutamente espetacular. Um complexo gigante com piscinas aquecidas – interiores e exteriores – solário, massagens, banhos turcos, saunas, bares e várias zonas de descanso com música, bom ambiente e sempre com um cheiro muito maravilhoso. Aconselho irem ao final da tarde /inicio noite que assim não desperdiçam as visitas durante o dia e vêm depois descansar para aqui. As termas de noite ficam iluminadas de várias cores. Custou 35 euros para os dois para 3 horas (The Palm – vejam as diferentes experiências). À parte ainda tivemos que pagar toalha e chinelos porque naturalmente não cabiam na nossa mochila, mas se couber nas vossas podem levar. (Como ir: Do jardim Cismigiu até às termas são cerca de 20km e apanhámos um uber)

 

Dia 3 | Transilvânia

Marcamos uma tour de 12 horas pela getyourguide e fomos com a trip2ro num autocarro que parte da zona da universidade em Bucareste em direção à Transilvânia. São muitas horas de autocarro, preparem-se, mas durante a viagem, a guia foi contando muitos pormenores interessantes, acerca da história da Roménia, o que enriquece bastante a tour e ajuda a passar bem o tempo. Pagámos 35 euros por pessoa e mais 10 euros para visitar o castelo de Peles e outros 10 para o Castelo do Drácula. No final, ainda estava incluída a passagem na cidade de Brasov.

Castelo de Peles

É um castelo de estilo alemão neo renascentista (aprendam!) Começou a ser construído por volta de 1899 e fica situado em Sinaia, nas montanhas. Quando fomos, em Abril, estava tudo verde à volta, mas lá ao fundo, no cume das montanhas, ainda se viam restos de neve. Deve ser bonito no Inverno. Porém, também deve ser um frio dos diabos. Fiquei muito surpreendida com este castelo. É muito bonito por dentro e tem uma construção magnífica por fora.

Castelo de Bram (Drácula)

O Castelo do Drácula é um dos maiores atrativos da Roménia. O Vlad era o príncipe de Valaquia. Foi a inspiração para a personagem Drácula e é graças a esta lenda que a Roménia é conhecida no mapa. Pode ser um personagem fictício, mas a verdade é que o Vlad existiu mesmo e era muito cruel. Era conhecido como o empalador, devido às técnicas de tortura que mandava aplicar contra os otomanos. Apesar das atrocidades, algumas pessoas consideravam-no um herói nacional porque lutava pela independência.

O castelo é muito diferente de outros que possam visitar. Fica em cima de uma colina e começamos logo a vê-lo cá de baixo. É branco, mas eu achava que era preto. E sombrio e assustador. Não é. Eu é que imagino coisas! Nem é bem um castelo, mas sim uma fortaleza. Eu gostei bastante, mas é bem pequeno. Em meia hora estava visto. A zona toda à volta é muito pitoresca e vale muito a pena passar por lá.

Brasov

Brasov é a típica cidade postal. Fiquei muito satisfeita por ter lá ido. Pequenina, cheia de recantos bonitos e perfeita para terminar o dia de tour e a viagem pela Roménia.

 

 

 

 


A minha primeira viagem ao leste da Europa foi neste país. Achei muito diferente do resto do continente mas gostei imenso da experiência. Com certeza, todas as viagens nos enriquecem. Esta foi uma trip de três países. Por isso, da Roménia voei para a Bulgária. Em breve, conto tudo!