Room
Jack era um miúdo diferente. Mais sensível, mais esperto, mais curioso do que os outros miúdos. Jack era um miúdo diferente porque vivia num mundo diferente.
Jack só conhecia a mãe. Só a via a ela, só falava com ela. Jack só conhecia o quarto. Aquele quarto, aquela cama, aquela mesa e aquele prato.
Mas a mãe conhecia muito bem o mundo lá fora. A mãe lembra-se das árvores, do vento, da rua. A mãe era uma pessoa igual às outras antes de só conhecer o quarto. A mãe foi raptada e mantida em cativeiro tendo sido agredida pelo raptor durante anos. De uma dessas agressões nasceu Jack. A diferença entre a mãe e o Jack é que ela teve que reaprender a viver, dentro de quatro paredes, pela sobrevivência dele. Ela tinha a consciência e a coragem de viver e educar uma criança dentro de um quarto enquanto todo o mundo continuava a viver lá fora.E então contam-se duas histórias dentro de uma. A de uma criança e a de uma mãe que vivem apertados dentro de poucos metros quadrados e que apenas se têm um ao outro. Até àquele dia. O dia em que o miúdo salva a mãe. E sem saber conhece o mundo.
O filme baseia-se numa história verídica e no livro “O quarto de Jack” do qual já falei aqui. Foi um livro excelente contanto na voz da voz da criança. Um dos que mais gostei até hoje. O filme não desiludiu nada e prova disso é que Brie Larson ganhou o óscar de melhor atriz por esta interpretação.
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