Mundo encantado dos brinquedos ou Popopopopopota? Pássara amarela ou hipopótama cor-de-rosa?

Eu percebo que a Leopoldina não se modernizou. Não arranjou roupas sexy nem foi buscar músicas da moda. Mas eu continuo a gostar dela e sinto algumas saudades. Tenho pena. Imagino toda a uma história trágica à volta das duas bonecas, como se um dia a Popota chegasse e mandasse a Leozinha para um canto, velha e acabada. Tipo, cheguei para mandar no pedaço. E lá anda ela balançando-se de um lado para o outro, rainha da noite, poderosa e cheia de confiança. Eu gosto dela, acho-a cheia de pinta e tudo, mas imagino a Leopoldinazinha, em casa, solitária, enrolada numa manta a comer chocolates e filhós, a ver os videoclips da Popota com uns lenços debaixo da asa. Quer dizer, também não é justo. A pássara também cantava. Só tinha uma música mas os miúdos gostavam. Eu ainda sei a letra.

A Popota dá-nos hoje o glamour, um natal especial e traz uma imagem nova ano após ano cheia de alegria, imaginação e boa disposição. A Popota já abanou o esqueleto com os buraca mostrando a boa forma. Já cantou Jennifer Lopes a mostrar que está aí para as curvas. Já foi uma popota cool. Este natal ela é linda sem make-up. É sempre um refresco esta mulher. Roupas fashion, cenários elaborados e letras que ficam no ouvido. Popota power. Gosto dela, cheia de atitude. Esta é antiga, mas é a minha preferida:

Mas Leopoldina outrora envolta de reis, princesas e dragões não é conhecida pelas crianças de hoje. E é uma pena. Porque ela sabia que os brinquedos são a nossa maior alegria. Ela criou o nosso mundo encantado dos brinquedos. Ela fez-nos sonhar com castelos encantados. Ela fazia parte do meu natal, com pulos, saltos e muitos trambolhões. Tenho saudades dela: