Estou eu tranquilamente sentada no sofá da sala (juro, mesmo tranquilamente) e de repente o meu olhar bate com alguma coisa e penso “Hum, eu já não gosto disto.” Não interessa o quê, pode ser um móvel, pode ser um objecto, é indiferente. Olho e já não gosto. É a vidinha.

A partir daí a minha mente (louca) começa a trabalhar na forma em como vou fazer aquilo desaparecer dali. Desta vez é um só móvel inteiro cheio de livros que eu decidi que quero trocar. Primeiro, já não cabem lá mais livros, o que é óptimo para me desfazer daquele móvel e comprar outro. Segundo, já não gosto daquele formato, já não fica ali bem naquele sítio, se calhar nunca ficou e eu só dei conta agora.

Começo a ver hipóteses de substituição. E comunico o veredito:

Eu: Já não gosto deste móvel. Podemos comprar outro?

Ele, leva as mãos à cabeça, pensa “como assim, já não gostas?”mas diz: “E o que é que fazemos àquele?”

Problemas. Este homem só me traz problemas. Quero lá saber o que se vai fazer com aquele. Que fique na casa de banho a enfeitar. Que fique na escada do prédio. Qualquer coisa. Depois logo decido isso. Agora o mais importante é ver do móvel novo, como é óbvio.