Vem tu daí também, até à Rua Sésamo
Hoje acordo com notícias. Há uns anos anos acordava com bonecos e cantigas.
A Rua Sésamo já me fez muito feliz. Hoje faz sentir que o tempo passou. Bolas para isto. Estreou em Portugal em Novembro de 1989. Não acredito. Eu tinha dois anos. Hoje ouvi na rádio comercial que faz 47 anos que o poupas amarelo começou a dar nos EUA. Estiveram à fala com a Cláudia Cádima, tradutora da série para português e voz daquela música “tenho orgulho, orgulho em ser uma vaca”. Tão bom! Podem ver aqui.
Já não vejo desenhos animados (pelo menos não com tanta regularidade) mas tenho ideia de não haver nada tão extraordinário quanto a Rua Sésamo um dia foi. Obviamente que os miúdos de hoje, que jogam computador, não iam achar piada nenhuma àquilo. Mas tudo tem o seu tempo. Naquela altura, em que brincávamos às escondidas na rua, fazia todo o sentido. As coisas mudam.
E depois tudo à volta daquilo era bom. As músicas a tocar no meu gira discos. Esperem, eu disse gira-discos? Eu tinha um gira discos. Mas ainda nem tenho trinta anos. Como é que pode ser? Já nem cassetes há. Quanto mais discos. Walkmans, discmans, cds no carro. Tudo obsoleto. Hoje em dia ouve-se música com uma pen no carro, no youtube e no spotify. O tempo é assustador. A tecnologia, às vezes, também. É o que eu dizia aqui. A tecnologia fez-nos avançar. Veio mudar tudo.
A Rua Sésamo era uma série que juntava bonecos e adultos. E onde com puro entretenimento se aproveitava e se aprendia os números, as letras, as cores, as formas geométricas. E valores. A amizade. A compreensão. A persistência. A avó Chica, a Guiomar, o Egas, o Becas, o Poupas, o Gualter, o Monstro das bolachas. Tudo num bocadinho de manhã ali entre o Nestum e o sair de casa para a escola.
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