Sou uma pessoa do verão. Do sol. Do mar. Da areia presa nos pés. Da toalha ao ombro. Da roupa leve. Sou uma pessoa descontraída mas deixo-me consumir pelo stress muito facilmente.

Sinto quase todos os dias que a falta de tempo para fazer todas as ideias que tenho me consome os nervos. Deixo-me facilmente influenciar pelo stress do dia-a-dia. Não vivo com calma. Vivo, pelo contrário, muito entusiasmada pelos correr dos dias. Não me dou espaço para não fazer nada. Eu gosto de um bom dia cheio. Acho que tenho capacidade para fazer tudo num só dia. E não tenho. Há dias em que realmente preciso descansar. Todos nós precisamos.

Admito que preciso de uma certa calma na minha vida. Preciso relaxar. Preciso respirar e pensar. Preciso de andar mais devagar. Não é parar, por favor, o que seria. Não é deixar de fazer coisas. Não é isso que eu quero. Eu quero fazer cada vez mais coisas. Cada vez ir a mais lugares, conhecer mais e saber mais. É só fazer uma coisa de cada vez. Acho que é isso que ainda não consegui delinear muito bem. O que fazer agora, a seguir e depois.

Há duas coisas que me acalmam. Uma é uma pessoa. Que fala comigo. Que me ouve, nem sempre me entende mas sempre me apoia. E mete magia dentro da minha cabeça. A outra coisa é a praia. Um bom cheiro de mar e sal na pele. Um mergulho de ficar com os ouvidos cheios de água. Uma boa sacudidela de areia. E um sol que consegue pintar de cor uma vida agitada. Na praia consigo fazer aquilo que não faço no sofá. Não pensar em nada, descontrair e acalmar. Não é água com açúcar que acalma. É água com sal.