Vitória é uma rainha envelhecida e aborrecida. Abdul é um indiano bem humorado e cheio de sonhos. Até que ponto duas pessoas tão diferentes em estatuto social e personalidade podem criar uma relação de carinho e afecto?

A história da rainha Vitória e de Abdul estreia nos cinemas a 29 de Setembro, mas eu já tive a oportunidade de ver a convite da Spread the world e da Nos por ser uma amante de histórias e comidas do mundo, como já repararam aqui no blog através do projecto Páginas Salteadas.

Na companhia de bloggers que admiro pude viver a verdadeira experiência do chá através de um workshop de protocolo para rainhas. E estava tudo servido a preceito. Eu adoro chá e bebo durante quase todo o ano. Por isso mesmo não tive grande dificuldade em provar, em pleno verão, o incrível chá de canela do meu coração, para acompanhar os scones com compota antes da visualização do filme.

A bela Raquel Dias da Silva do blog Meek Sheep

A bela Raquel Dias da Silva do blog Meek Sheep a tirar maravilhosas fotos do workshop


“Vitória e Abdul” é um filme de época, baseado em factos reais, e com direito às roupas das mil saias e às mesas postas com requinte, onde não faltam os bailes de fim de noite e a corte interesseira. A rainha vive triste acorrentada às obrigações protocolares e Abdul é um jovem indiano sonhador e maravilhado com a viagem que faz da Índia até Inglaterra. Entre os dois surge uma bonita amizade e ambos percebem que têm coisas a aprender um com o outro, ao mesmo tempo que nos deixam importantes lições a nós também, que temos tempo de rir e de refletir durante o filme. Por exemplo, até que ponto estamos nós presos aos deveres e responsabilidades do nosso dia-a-dia? Até que ponto não nos permitimos quebrar as convicções e as regras impostas? Devíamos permitir-nos a ser mais livres e agir mais de acordo com o que sentimos sem medos do que nos é exterior.

Mas as surpresas não acabaram quando passou o genérico no ecrã. No final do filme abrimos a oferta que nos tinha sido dada na entrada. Pedira expressamente para só ser aberta no final do final. Era uma manga. Não vos posso revelar porquê sob pena de me acusarem de ser uma spoiler do pior, mas posso-vos dizer que com esta prenda a STW e a NOS lançaram-nos um desafio. Que tal, a partir desta fruta exótica, descrita por Abdul como a rainha das frutas, preparar uma “deliciosa e inusitada receita”? Por isso, aproveito a ocasião e dentro de momentos, apresento a minha receita real:

Bolinhos de frutos secos com manga

Ingredientes:

  • Uma mão cheia de frutos secos (nozes, amêndoas, cajus, etc)
  • Uma mão cheia de tâmaras
  • Uma colher de chá de mel
  • Uma colher de chá de manteiga de amendoim
  • Alguns pedaços de manga

Preparação

Triturar bem os frutos secos e adicionar as tâmaras. De seguida, acrescentar os restantes ingredientes. Formar bolinhas do tamanho desejado e meter no frigorifico. Sugiro que polvilhem algumas com açúcar de coco.

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Agradeço à STW e à NOS a oportunidade que me deram de participar neste final de tarde com requinte digno de sua majestade, a rainha. Despeço-me com uma vênia e dedico esta receita que fiz a todas as bloggers que partilharam comigo o momento e em especial às parceiras do Páginas Salteadas, o projecto onde criamos receitas a partir de histórias.

Deixo-vos o trailer do filme para vos aguçar mais a curiosidade.