nicho nas redes sociais

Olhem, não sei. A resposta mais honesta à pergunta se vale a pena ter um nicho nas redes sociais não será esta. Será outra, na mesma medida irritante. Querem ver? Depende. Não é lindo o “depende”? Estrategicamente, em termos de marketing, dizem que sim. Que o publico te procura porque és especialista naquela matéria. Agora, como hobbie ou até mesmo fazendo dinheiro com elas, como influencer, ou lá o que é, talvez aí a resposta já seja não. A resposta certa, então talvez seja “se quiseres”.

Ressalvo que este post não tem nada de cientifico nem comprovado. Tudo o que vou falar aqui é baseado na coisa mais sem importância que existe que é a minha opinião. Mas sendo um assunto que me interessa, e até apoquenta, vou falar dele nessa perspectiva. A partir daqui estão por vossa conta e risco!

Vi a Andreia do blog As gavetas da minha casa encantada (visitem!) abordar esta questão no seu instagram e a verdade é que adorei a menção a este tema. Inspirou-me e por isso resolvi deitar cá para fora (esta expressão é bem antiga! Ainda se usa?)

Vale a pena ter um nicho nas redes sociais?

O que é que eu acho…(ainda estão ai?) vale a pena ter um nicho nas redes sociais? Olhem eu sinceramente não percebo porque é que temos de falar num só tema e aprofundar tudo o que sabemos sobre isso nas redes sociais quando na nossa “vida real” fazemos, sabemos e gostamos de centenas de coisas.

Então eu agora só publicava marmitas? Só falava de livros? E onde é que metia todas as coisas parvas que me passam pela cabeça? Com quem é que partilhava os momentos em que não me apetece fazer exercício? Onde é que escarrapachava todo o meu orgulho pela decoração da sala? Tudo isto faz parte dos meus dias. Eu não faço só comida (também a como) nem leio só. Também rego as plantas. Também faço compras. Também me sento no sofá a escrever (ou adormecer). O que acho mesmo piada a isto de estar nas redes (e aqui) é fazer disto uma espécie de Big Brother com a vantagem de que só mostramos o que e quando queremos.

E agora vocês podem dizer-me “ah mas assim o teu público não sabe o que esperar”. É verdade. Já pensei nisso. Já pensei se não ganharia mais em publicar sempre coisas sobre o mesmo assunto para me procurarem como uma referência por isso. Faz todo o sentido e percebo toda a gente que o faz. Mas no meu caso não me faz sentido bloquear-me ou privar-me.

Acho que quem me segue já percebeu há muito tempo os temas principais nos quais gosto de me centrar, mas sobretudo entendeu a linha que liga todos eles que sou eu, exatamente como sou (meio louca! Seja!) Todo este tempo a dividir questões com vocês também me permitiu entender que as pessoas gostam do que é real e portanto “não saberem o que esperar” de mim é precisamente o que “esperam de mim”.

Ser mais plurais, reais e humanos

Ao longo dos anos temos vindo a assistir a uma série de pessoas a mudar o nome dos seus projetos para os seus próprios nomes. Creio que é porque perceberam exatamente isso. Que as pessoas as seguem porque gostam de ver todos os lados e não apenas por um determinado tema. Atualmente, seguimos a pessoa primeiro e depois seguimos o que tem para nos dar em todas as suas vertentes, seja a recomendação de um creme, de livro ou de um hotel.

Reforço a ideia de que estrategicamente em termos de posicionamento e questões de marketing, talvez esta não seja o caminho certo a seguir. Claro que uma marca não se vai pôr a falar de alhos se vender bugalhos. Compreendemos isso. E nem é isso que se pede ou que eu estou aqui a falar.
Mas pensemos sobre o assunto. Também aqui já se pede muito às marcas para serem humanizadas. Que mostrem quem são as pessoas por trás de um produto. Que mostrem o processo. Então, as mudanças são pedidas constantemente. Se pedimos mais realidade, então talvez isso passe precisamente por sermos mais plurais.

O que me dizem?