os esquecidos de domingo

Tenho uma espécie de mix feeling sobre o livro “Os esquecidos de domingo”. Eles misturam-se uns nos outros cada vez que penso na leitura que fiz. Incrivelmente bem escrito, com uma temática impactante. Capaz de fazer pensar numa data de coisas. É bastante emotivo, sensível e delicado onde a escrita melancólica ganha muitos pontos.

O que é a velhice?

Lembram-se de há pouco tempo ter feito um texto sobre “o que é ser jovem?”. Pois este livro propõe uma reflexão sobre o que é a velhice. Quando somos velhos? É quando nos desaparecem as lembranças? Quando padecemos de solidão? Quando podemos dizer e fazer o que queremos sem temer ou justificar? Tantas perguntas!

Sinopse e história de “Os esquecidos de domingo”

Justine tem 22 anos e trabalha num lar de idosos. Ela gosta muito de pessoas mais velhas pelas histórias que carregam. É ali que se sente bem.

Recentemente, alguém faz chamadas anónimas a dizer que os residentes faleceram. No dia seguinte as famílias, que outrora deixaram os queridos ao deus dará, aparecem. E esse torna-se o melhor dia porque os idosos solitários recebem visitas. É esta história principal que me cativou mais.

Mas depois há mais duas que se desenvolvem em paralelo. A história da morte dos pais de Justine envolta num segredo. E a história da senhora Helen do quarto 19 do lar. É aqui que os meus sentimentos se embrulham. Apesar de ter gostado e achado que todos os temas se misturam até bem através da mestria das palavras de Valerie Perrin. Esperava que o livro tomasse outro rumo. Mais reflexivo, sobre os nossos últimos anos de vida, por exemplo. Porque essa foi a parte que mais gostei de facto.