Porque sigo conteúdos que (aparentemente) não têm nada a ver comigo?

Eu ouço podcasts sobre criação e manutenção de negócios embora não tenha nenhum e sigo contas de maternidade no Instagram sem sequer ter filhos. Por que raio “perco tempo” com conteúdos que aparentemente não têm nada a ver comigo? A resposta é simples. Tenho curiosidade, considero isto aprender e assim aumento o leque de conhecimentos e possíveis interesses futuros. No fundo considero isto desenvolvimento pessoal.
Calma. As coisas não são assim tão simples e lineares, Eu não me ponho a ver documentos sobre skate ou pesca submarina. Tenho que ter o mínimo interesse pelo assunto. É aí que entra a parte da curiosidade, da aprendizagem e do futuro. E é por isso que eu meti “perder tempo” entre aspas. Porque são coisas que embora não façam parte da minha realidade neste momento, podem vir a fazer ou podem fazer parte do meu imaginário ou da vida de alguém que me é próximo. Mesmo que um dia não venha a escrever nenhum livro gosto de saber como funciona o mercado, por exemplo, e os passos dados pelos autores até à publicação. Porque o tema da escrita e da leitura me interessa. Logo considero aprofundar conhecimentos saber coisas esse universo.
Há outras coisas sobre as quais sou céptica e leio na mesma. Ainda no outro dia ouvi no podcast da Filipa Maia um episódio as leis do universo. Acreditando ou não, achei importante e interessante ouvir. E há assuntos com os quais eu não concordo e leio na mesma para ver a visão da outra pessoas. Acho importante. Porque eu adoro uma boa critica fundamentada. Admiro pessoas com opiniões vincadas mas que sabem sobre o outro lado da moeda.
Voltando aos dois temas que dei de exemplo no inicio, gosto muito de seguir o podcast e o Youtube da Filipa Maia porque ela dá dicas de negócio que podem ser aplicadas na vida ou vice versa. Acho que secalhar vice versa é melhor. E eu tenho imensa curiosidade de saber coisas deste género. Se um dia montar um negócio terei de os ver outra vez mas já terei noções e sei onde procurar. Outro caso é a Tânia da Homestories que partilha sobretudo coisas do seu trabalho como arquiteta e do seu “trabalho” como mãe. No caso admiro os dois e faço nenhum. Adoro a forma consciente e minimalista como vive dentro de sua casa e como educa as suas filhas. Não é o meu universo, mas gosto muito da visão que ela tem. Interessa-me o tema da decoração e da educação. E portanto acho que gastar o meu tempo a consumir partilhas deste género pode ser útil para mim enquanto pessoa agora e no futuro.
Aquilo que eu partilho diariamente são livros que eu realmente leio, são viagens que eu realmente faço, são receitas que eu realmente como, são histórias que eu realmente vivo. Eu gosto muito de escrever, de decorar, de fotografar, de cantar e outras tantas coisas que vocês já vão sabendo. Mas não me esgoto aqui. Há milhares de outros assuntos sobre os quais tenho curiosidade, interesse e que não fazendo parte do meu dia, porque não pratico, me acrescentam coisas na mesma e contribuem para o meu crescimento…ou para eu gozar, também pode acontecer. Imaginem como já fiz com os signos, que gosto de ler mas nos quais creio pouco!
Há imensos conteúdos com interesse à nossa volta e mesmo que não tenham à partida nada a ver connosco, podem contribuir para a nossa vida, ou mais que não seja para as nossas conversas à mesa do café. A vida em marte. A exploração animal. A pintura abstrata. A novela da hora de almoço. Não interessa exatamente o quê. Nenhum tema vale mais que o outro. O que importa é que todos temos interesses que vão para lá do que fazemos diariamente. E isso acrescenta personalidade ao que somos, o que é magnifico.
marisa vitoriano
É bom consumir conteúdo que, à primeira vista, não tenha muito (ou mesmo nada) a ver connosco. Faz-nos abrir os nossos horizontes.
Green
Acho que faz todo o sentido, e acho normal termos curiosidade em conhecer coisas novas e temas dos quais não temos assim tanto conhecimento.