A minha história com a comida
Este é o primeiro post de uma série deles que vou trazer aqui ao blog. É sobre a minha história com a comida. Eu não tenho nenhum problema com a comida. Não passei por nenhum processo de crise ou doença. Nada disto que vou falar é dramático.
Vou falar-vos das coisas que eu gosto e que não gosto. Como lido com isso hoje e como lidei no passado. Vou falar-vos das mudanças que tenho feito. Dos desafios a que me tenho proposto. E também trazer algumas receitas.
“Como assim não gostas?”
Eu até acho que como muitas coisas. As outras pessoas é pensam que eu não como nada. E esse é o principal problema. Ter de explicar aos outros porque é que não gosto de batatas ou de pasteis de nata. “Como assim não gostas?” Esta é a pergunta que mais me fizeram em toda a minha vida. Não vou começar a comer sushi porque toda a gente come, nem vou comer queijo porque há sempre uma mesa cheia deles nos casamentos e as pessoas fixes encontram-se lá.
Sim, eu sou uma esquisita do pior. Mas Há, de facto, coisas que não gosto. Ok! Há MUITAS coisas que não gosto, mas isso não vai mudar porque as pessoas acham estranho.
Eu ainda odeio coisas moles…
Há texturas que me fazem muita impressão comer, tipo…odeio coisas moles (é a minha melhor frase!) Adoro comer cenoura crua e não a consigo comer cozida, percebem?
Há uma data de coisas que já provei e jamais irei comer como por exemplo batata cozida (ainda me lembro demasiado bem da minha mãe a insistir e a dizer “Vá, come a batata esmagadinha, filha, fica tão boa” – talvez por isso odeie também puré.
Hoje em dia sou capaz de comer coisas que um dia considerei estranhas como hamburguer de grão ou legumes à brás. No entanto, há outras coisas que, apesar desta minha mudança de prisma, continuo sem querer provar, como os brócolos. tenham lá paciência! Talvez lá para os 35 já eu tenha amadurecido mais um pouco!
Já fiz as pazes com os alimentos verdes…
Os verdes sempre foram um problema. Alguns não gostava mesmo e outros impus à minha cabeça que não havia de gostar. Durante anos, tudo o que era verde, à excepção da alface, eu não comia sem ser passado em sopas. E mesmo assim ainda refilava.
Sempre achei que era capaz de saber o que ia gostar ou não, só olhando. Hoje em dia já não me sinto tão relutante (nem teimosa) em experimentar coisas. Aconteceu isso com os espinafres, andei uma vida a dizer que não gostava sem provar. Hoje fazem parte das coisas que não gostava e agora gosto.
Mas, a minha história com a comida não é só isto
Tive uma fase na adolescência que achei que estava muito gorda e comecei a medir as calorias a tudo o que comia, como se percebesse alguma coisa do assunto. Lia numa revista que determinado alimento engordava e deixava de o comer. Era só parva e tive sorte de não ficar doente.
Depois tive outra altura em que achava super boa ideia comer umas torradas ou cereais ao jantar, porque já era tarde para comer alguma coisa normal. Quando sai de casa dos meus pais para viver com o meu namorado a forma que arranjamos para provar a nós e ao mundo que ia correr tudo de forma espetacular foi fazer comidas muito boas. Grandes lasanhas e bacalhau com natas e coisas com molho! É óbvio que deu asneira e aumentamos um pouco o número das calças!
E agora como estou?
Comecei a ir ao ginásio em 2013 mas não sou a mais fiel das discípulas. Não encontro prazer em puxar ferros. Em 2016 comecei a correr e era um verdadeiro terror, no entanto preferia isso a ir ao ginásio. Comecei depois a ter uma espécie de consciência saudável no que toca à alimentação. Deixei de comprar coisas cá para casa como manteiga, por exemplo.
Admito e orgulho-me de algumas mudanças que tenho vindo a fazer. Provar e experimentar é a maior delas. Para isso muito têm contribuído as viagens para fora da Europa, o desafio um mês sem carne (experimentando novas receitas) ou ter ido a uma consulta de nutrição, por causa de ter o colesterol elevado. Mas, não me dou bem com os fundamentalismos nem com coisas proibidas ou obrigatórias. E isso são tudo temas que darão para os outros posts da saga a minha história com a comida.
Daniela Soares
Eu não gosto de azeite em cru, nem de azeitonas nem de atum por isso também ouço muitas vezes essa frase do “como assim não gostas?”.xD Mas com a idade também me tenho predisposto a experimentar muitas mais coisas que antes também não gostava só de olhar.
Another Lovely Blog!, https://letrad.blogspot.com/
Andreia Moita
Pois, não gosto de admitir, mas parece que a idade é um factor importante na comida, não é?!
Green
Revejo-me nas tuas palavras. gosto de algumas coisas que não gostas e certamente não gostarei de algumas que tu gostas, mas entendo-te perfeitamente, não estás sozinha 🙂