O que ver em Kuala Lumpur em dois dias | Malásia

Se Singapura não estava nos planos mas acabou por acontecer, por ser o ponto de escala para a Indonésia, a Malásia foi totalmente um acaso. Nunca tinha pensado em visitá-la. Nem sabia o que ver em Kuala Lumpur, sequer.
Quando dar uma escapadinha à Malásia, antes de voar para a Indonésia, foi posto em cima da mesa, confesso que hesitei. Não tinha grande curiosidade para ser sincera. Nem sabia o que ver em Kuala Lumpur. Acabei por decidir ir porque não gosto de desperdiçar a oportunidade de ver o mundo.
Sei que para algumas pessoas isto não faz sentido porque significa que perdi dias Bali para ir a um destino que não fazia questão de conhecer. Mas dificilmente lá iria numa viagem só então aproveitei a proximidade. E eu adoro fazer este tipo de trips, não me importo muito de andar de um lado para o outro. Eu sou este tipo de viajante, Portanto comecei a procurar o que ver em Kuala Lumpur e pensei que podia ser uma experiência diferente.
O que ver em Kuala Lumpur em dois dias?
Vamos lá a isto. A Malásia pode ter sítios fascinantes, a ver pelo google tem praias lindissimas, por exemplo. Mas Kuala Lumpur, que foi onde eu estive, não tem propriamente grande coisa para ver. (Mas não quero demover ninguém a ir, acho que devemos ir sempre.)
Petrona Towers
Chegamos à capital da Malásia e demos de caras com uma das principais atrações, as Petronas Towers. São duas torres gémeas, com 88 andares e que um dia já foram o edifício mais alto do mundo. Hoje são largamente ultrapassadas pelo Burj Kalifa, no Dubai e por mais uns tantos. (Olhem não achei assim tão grandes, sinceramente.) Achei uma construção bonita e imponente numa cidade da Ásia e principalmente achei que fazia muito contraste com a realidade à volta do edifício (havia barracas de comida de rua mesmo ao lado do luxo das torres, por exemplo.)

As Petronas Towers tem um centro comercial enorme lá dentro. Onde está um frio que não se pode. Todos os interiores na Ásia são gelados por oposição ao calor húmido da rua, como já vos tinha dito no post anterior quando vos contei sobre Singapura.
O nosso primeiro contacto com a cidade foi então já à noite nesta zona. Havia imensa confusão na rua, com gente sentada no chão e outras tantas apenas de pé paradas a olhar para as torres e a tirar a 256 fotos.
Zona de Bukit Bintang
Esta é a zona boémia, para viver a noite, percebem a dica? Está cheia de restaurantes, cafés de rua, lojas, mesas de bares e música alta. Imaginem a Oura no Algarve que é do género!
Apesar de haver muita gente na rua, de várias nacionalidades, e de olharem para nós nunca senti insegurança alguma.

Mesquita Masjid Jamek
A zona da mesquita e a zona mais antiga da cidade, onde estão o Sultan Abdul Samad e o Dataran Merdeka, vale a pena visitar, gostei bastante desta zona. Contrasta imenso com as grandes construções da zona das Petronas e acho que o o que valoriza muito uma viagem destas são estas diferenças que nos passam pelos olhos.



Batu Caves
Quando procurei o que ver em Kuala Lumpur foram as Batu Caves que me prenderam a atenção. Estes templos hindus construídos dentro de uma gruta são uma grande atracção turística da Malásia. Para lá chegar é fácil de metro, grab ou táxi, são cerca de 20 minutos do centro da cidade.

Ora bem dicas práticas:
- os templos ficam lá em cima depois de subir muitos degraus coloridos. Cá de baixo parece mais assustador, na verdade faz-se bem, nem custa muito subir. Mas atenção. Há vários macacos pelo caminho loucos por meter a mão nas malas dos turistas. Não estou a gozar!
- É aconselhável levarem roupa confortável e de preferência que tape joelhos e ombros. Neste dia o tempo não estava bom, estava chuva e calor o que deixava a pele uma grande nhanha, just saying.
- Se lá fosse uma próxima levava de certeza ténis. Porque além da humidade, dentro da gruta cai água. Tive a infeliz ideia de ir de chinelos e o resultado não foi bonito.
Durian, a fruta da região
Foi à saída das Batu Caves que experimentei a fruta mais vista no país, Chama-se Durian. E já tinha visto em várias imagens pela cidade. É proibido levar para o aeroporto e para os quartos de hotel porque dizem que cheira mal. A mim não me cheirou a grande coisa. Decidi experimentar o sabor.
Pequena contextualização da minha situação: Eu sou a pessoa que nunca prova nem nunca gosta de nada. Coisa que mudou depois da primeira vez na Ásia. E portanto nesta viagem estava muito mais liberta de preconceitos e medos em relação à comida. Provei a fruta. Soube-me parecido à manga. Os brasileiros dizem que é parecida com Jaca.

Considerações finais
Apesar de haver muita gente na rua, especialmente no metro em hora de ponta, não me senti insegura. As pessoas olham muito para nós, mas é nos olhos mesmo não é olhar de alto a baixo para o nosso corpo sequer. Nunca ouvi nenhum comentário, como às vezes se ouve por Lisboa, por exemplo. Senti que havia muitos mais homens do que mulher na rua. Reparei que as pessoas estão muito mais paradas (encostadas a um canto ou refasteladas num banco de rua) do que em movimento.
A palavra indicada para Kuala Lumpur e que usei bastante neste post é CONTRASTE. Aqui a Ásia é profunda. As ruas estão mais sujas e nota-se mais pobreza na gente, sabem? Aqui a experiência relativamente a Singapura foi muito diferente, mas fez-me muito lembrar, por exemplo, de algumas zonas da Tailândia.
Teria ido na mesma. Agora que sei como é. Dois dias na cidade são suficientes. A experiência e o conhecimento com que ficamos deste mundo e do nosso próprio mundo fazem valer a pena. Eu sinto algo especial pela Ásia.
Green
A Ásia é o continente que mais quero conhecer, infelizmente ainda não tive oportunidade, mas cada post que fazes sobre, é um fascínio para mim.