questionário de proust

No século XIX, Antoinette Faure e Marcel Proust responderam a uma série de perguntas porque acreditavam que essas respostas lhes ia mostrar a sua verdadeira natureza. Hoje tanto as perguntas como as respostas de Proust ficaram tão famosas que são conhecidas como o Questionário de Proust.

Estava eu, maravilhosa da vida, a ler um jornal, quando vejo uma entrevista que incluía perguntas do questionário de Proust. Fiquei curiosa e fui pesquisar. Encontrei alguns detalhes da sua história bem como as 40 perguntas no site do Observador. Eu também quis responder a essas perguntas, que eu não posso ver nada!

Há uns tempos atrás eu achava que as pessoas podiam mudar muitas coisas na sua vida menos a sua essência. Aquilo que somos por dentro. No que acreditamos, o que consideramos certo e errado. Na nossa ética. Na nossa personalidade. Há pouco tempo escrevi um texto sobre coisas que antes não gostava e agora gosto e alterei um pouco esse pensamento meio preconceituoso e extremamente fechado que eu tinha. Com isso desenvolvi uma vontade de perceber algumas coisas acerca de mim, de como eu era e como eu sou agora.

Vi as 40 perguntas e escolhi seis delas para responder aqui no blog. O critério foi muito simples. Respondi às que me apeteceu. Já de si, esta resposta pode dizer algumas coisas interessantes sobre a minha personalidade, não é? (Imaginem vários emojis com a língua de fora!)

Seis perguntas do questionário de Proust

Qual é a característica que mais detesta em si mesmo?

O facto de nunca saber onde estão as coisas. As minhas próprias coisas. A minha mãe, quando eu morava com ela, bem me dizia “se eu vou ai e encontro!!!”. Eu considero-me uma pessoa organizada e atenta, portanto ser distraída e perder coisas irrita-me e sobretudo cansa-me. Imaginem, preparo uma água aromática, deixo no frigorífico enquanto me maquilho e depois saio de casa sem a garrafa. E os meus óculos, onde estão?

Que palavras ou frases usa excessivamente?

Eu digo muitas vezes que “odeio” alguma coisa. Geralmente quando acordo demasiado cedo e de forma obrigada (nunca acordaria demasiado cedo por vontade própria) pronuncio na minha mente que “odeio a minha vida”. É óbvio que é exagerado! E não raras vezes também costumo dizer que “odeio coisas moles” para definir algum tipo de comida que eu não gosto e dessa maneira conseguir explicar isso às pessoas.

Onde e quando foi mais feliz?

A tramada pergunta sobre felicidade! Não sei se foi a “mais” feliz, mas lembrei-me imediatamente de uma sensação feliz que tive quando fiz o interrail em 2015. Estava na praça S.Marcos em Veneza.

Se pudesse mudar uma característica em si o que seria?

Não formulava a questão “e se”, que é aquela que me bloqueia mais vezes qualquer acção. É que isto faz com que demore muito tempo a decidir alguma e mesmo depois da decisão tenho que ter sob controlo todas as coisas que podem acontecer por causa dela. E isso é, além de assustador, é bastante exaustivo.

Se morresse e voltasse que pessoa ou coisa seria?

Seria cantora. Das que consegue cantar e dançar ao mesmo tempo sem perder um pulmão. Dava um show!

Qual é a sua asneira favorita?

Tenho apreço por asneiras no geral. Pregar partidas. Fazer cócegas. Comer coisas que engordam…

Ficaram curiosos com este questionário de Proust? Também podem responder às perguntas que acharem mais adequadas , nos vossos blogs, se quiserem, ou num caderno, para ninguém ver!